Pedro Proença mantém tabu sobre recandidatura mas deixa certeza

Liga Pedro Proença mantém tabu sobre recandidatura mas deixa certeza

NACIONAL28.02.202314:40

O presidente da Liga Portugal, Pedro Proença, falou aos jornalistas no final da Cimeira de Presidentes, em Coimbra.

«Foram discutidos três temas. Centralização dos direitos audiovisuais, qual o ponto de situação, um segundo tema que foi a apresentação do novo plano estratégico para o período 2023/2027, e um terceiro e último tema que foi a apresentação do estado em que se encontra o novo edifício Arena Liga Portugal», começou por dizer, vincando que «a cimeira decorreu num espírito muitíssimo positivo, de grande interação entre os presidentes das SAD», discutindo-se «o modelo de negócio das competições do futebol profissional». E anunciou ainda que a próxima Cimeira de Presidentes acontecerá em setembro.

Já no período de questões, manteve o tabu da recandidatura. «Não escondo que recebemos, eu e a Direção, por parte da quase unanimidade dos presidentes, o reconhecimento pelo trabalho que fizemos nos últimos oito anos. Agora vai iniciar-se um novo ciclo em junho e muito em breve direi se sou, se somos candidatos a um próximo mandato de quatro anos. Muito mais importante do que ser o presidente Pedro Proença ou esta Direção, o que sai daqui é que não há espaço para mais aventureirismos e para o que se passou antes de 2015, quando aqui chegámos e tínhamos uma Liga em estado de insolvência. É fundamental os clubes perceberem o que não querem. Estamos no momento, diria, da tecnocracia, os desafios que se colocam nos próximos quatro anos são imensos, a centralização dos direitos audiovisuais, a discussão da indústria do futebol profissional, e esse é um espaço dedicado aos técnicos, foi o que os clubes concluíram», vincou, acrescentando em relação ao futuro: «Há três eixos fundamentais. A questão da centralização dos direitos audiovisuais, concluir este processo, a internacionalização da marca Liga Portugal e a relação que o futebol tem de ocupar na indústria do entretenimento.»

Sobre a possível antecipação da centralização dos direitos televisivos. «O que está em cima da mesa é o cumprimento do decreto-lei que define 2025 como a data em que temos de apresentar proposta à Autoridade da Concorrência, e 2028 a altura em que o processo tem de definitivamente arrancar. Neste momento a Liga estuda eventuais propostas de antecipação desse cenário, sendo que ele só acontecerá se for benéfico para os clubes. A questão da cadência dos contratos a terminar em tempos diferentes é só uma vicissitude, e por isso é que o Governo definiu 2028 como data a partir da qual a Liga Portugal será responsável pela dinamização deste processo. Mas obviamente que o mercado ditará as suas regras numa possível antecipação deste processo de centralização», expressou.