Paulinho e Gyokeres, a dupla que Amorim nunca separou na Europa
Português e sueco foram apostas iniciais de Rúben Amorim nos jogos da Liga Europa. Juntos somam mais de metade dos golos dos leões neste arranque de temporada. Mas, curiosamente, quando um marca... o outro fica em branco
Foi assim na estreia europeia, em Graz, na Áustria, também na primeira aparição em Alvalade, diante dos italianos da Atalanta e será, ao que tudo indica, a fórmula idealizada por Rúben Amorim para atacar o Raków no terceiro jogo europeu do leão: Paulinho e Gyokeres, juntos, as lanças do leão, uma dupla que, curiosamente, de rivais por um lugar, acabaram por coabitar no onze e apresentar rendimento positivo sempre que foram armas iniciais. E se no campeonato tem imperado a lógica da rotação (foram opções juntos em apenas três ocasiões na Liga, Casa Pia, Famalicão e SC Braga), na Liga Europa, o português e o sueco são mesmo peças… inseparáveis. Juntos somam 13 dos 23 golos oficiais dos leões esta temporada. Oito para o internacional nórdico, o goleador do plantel, e cinco para o português. Contas feitas, mais de metade dos festejos leoninos. Uma dupla que se complementa mas que, curiosamente, apenas por uma vez teve ambos em simultâneo a deixar marca com golos. Ou seja, sempre que um marca… o outro fica em branco, à exceção da primeira jornada, diante do Vizela, em que o sueco bisou e o português atirou a contar já no tempo de compensção.
Após um início prometedor de Paulinho - nas primeiras três jornadas da Liga o avançado apontou quatro golos - o português ganhou a titularidade e foi um importante auxílio para o sueco nos duelos com o Casa Pia, Famalicão e SC Braga. Porém, o empate diante dos bracarenses (1-1), acabaria por separar a dupla nos jogos restantes, com a aposta a recair em Marcus Edwards no apoio a Gyokeres. Uma fórmula só contrariada, então, nos dois jogos europeus dos leões, com resultados bem diferentes. E se diante do Sturm Graz terminou de feição (com Gyokeres a apontar um dos golos decisivos da vitória, por 2-1), a partida com os italianos da Atalanta ficou marcada pelo único desaire do leão até ao momento.
Gyokeres ainda deixou marca, na derrota por 1-2, mas Paulinho, após uma primeira parte muito apagada a nível coletivo, acabaria por ficar no balneário ao intervalo. Agora prepara-se uma nova história e olhando para aquelas que têm sido as apostas europeias do treinador, a dupla pode mesmo voltar a juntar-se. Num duelo que, recorde-se, poderá ser fundamental nas contas do apuramento para a próxima fase da competição.
Trincão e Edwards à espreita
E se esta dupla ainda não se separou nos confrontos europeus, o terceiro elemento do ataque, no mais que consistente 3x4x3 de Amorim, tem tido protagonistas diferentes. Na Áustria foi Trincão a fazer companhia a Gyokeres e Paulinho, enquanto que diante dos italianos foi Pedro Gonçalves a assumir o corredor direito do ataque. Uma equação onde também entra... Marcus Edwards.
O inglês, após um início de temporada mais apagado, tem recuperado fulgor e tem sido um dos jogadores que mais tem estado em evidência nos últimos jogos. Um rendimento que o coloca, também, na linha da frente para ser uma das armas de ataque. Ainda assim, Rúben Amorim, dada a importância e o pouco tempo de recuperação para o jogo com o Boavista (marcado para a próxima segunda-feira), terá também em conta a gestão física do plantel e pretenderá ter a equipa na máxima força numa partida de elevado grau de dificuldade no Bessa. Certo é que, independentemente dessas cautelas, haverá um onze totalmente renovado após a partida com o Olivais e Moscavide a contar para a Taça de Portugal.