Parabéns, ideia de jogo, vitória inequívoca e Fábio Vieira: tudo o que disse Vítor Bruno na sala de imprensa

NACIONAL02.12.202423:54

Treinador do FC Porto fez o balanço da vitória sobre o Casa Pia

— Que análise faz desta vitória sobre o Casa Pia? Os jogadores cantaram-lhe os parabéns?

— Em relação ao jogo, não houve qualquer tipo de dúvida em relação ao vencedor. A equipa entrou bem, podia ter feito um golo na primeira parte, teve uma atitude pressionante, a saber o que fazer, mas permitimos um momento de transição, com o Cassiano a jogar para os alas. Na segunda parte, o FC Porto manteve-se fiel ao que foi traçado, com muito caracter, não se desviando da ideia que estamos a construir. A equipa não alterou o rumo, foi fiel, recuperou duas bolas no pressing. Depois do 2-0 não nos encolhemos. Foi uma vitória inequívoca e clara, não sofremos golos e é essa consistência que procuramos atingir.

— No final do jogo, o Fábio Vieira disse que a sua melhor versão está de volta. Acha que rende mais no meio a partir da ala? Os jogadores cantaram-lhe os parabéns no balneário?

— Deve ter sido um clone dele (risos). O Fábio tem um traço de genialidade que todos conhecemos, tem grandes requisitos, mas as lesões têm-no acompanhado e já teve um problema neste regresso ao FC Porto. A sua melhor versão só se ganha com treinos, com jogos. Se calhar foi um recado dele para jogar por dentro, mas por fora também tem muita qualidade. Mas a verdade é que a equipa teve muito caráter, a equipa não se desvia um milímetro do que rumo, independentemente das manifestações, da ideia que estamos a construir: Foram atrás da ideia, adoro o que me vão dando diariamente. Percebo o lado emocional quando falo com eles, como me olham, os sinais que me dão. Eles querem ir atrás dessa ideia, não vai ser sempre perfeita. Cantaram-me os parabéns, ouviu-se?

— Teme que as manifestações das bancadas mexam com essa ideia de os jogadores comprarem o que pretende?

— Muitas vezes perante equipas que montam linhas de cinco atrás é preciso procurar espaço, que não aparece no primeiro momento. Muitas vezes é preciso chamar o adversário, mas se isso mexesse com eles... Temos lançado o desafio a eles para que, independentemente do ruído, prossigam o seu trabalho. Há erros, afinamentos normais, não vamos ser exímios e perfeitos. Agora há que festejar até à meia-noite e depois pensarmos no Famalicão.

— Depois de alguns jogos afastado, Otávio voltou ao onze nos últimos dois jogos, notando-se mais garra e confiança nas abordagens. Que trabalho realizou com ele?

— É o trabalho que fazemos com todos, que na fragilidade saiba potenciar ao máximo as suas qualidades. Sempre disse que o Otávio tem um potencial de alto nível de Europa. É preciso que o Otávio perceba que teve de estabilizar no erro. Temos também Djaló, Zé Pedro e o Marcano, todos com perfis diferentes, que podem ser chamados a qualquer momento.