Simões fala sobre presença de Vieira: «Cultivei a união»

Simões fala sobre presença de Vieira: «Cultivei a união»

NACIONAL03.12.202420:16

António Simões 'As Minhas Memórias' é o título de um livro de Rui Miguel Tovar sobre a vida e carreira do antigo jogador do Benfica e da Seleção Nacional, hoje com 80 anos

Foi apresentado, esta terça-feira, no Palácio Galveias, em Lisboa, o livro «António Simões - As Minhas Memórias», que conta a vida e carreira do antigo jogador do Benfica e da Seleção Nacional. A obra foi escrita por Rui Miguel Tovar, com base em dezenas de horas de conversas com António Simões.

Luís Filipe Vieira, antigo presidente do Benfica, foi uma das figuras presentes na apresentação.

«Força do futebol para unir. Perguntou-se a Jaime Cancela Abreu se o sr. Luís Filipe Vieira poderia vir, disse com certeza que sim, não faz sentido fazer o contrário. Naquilo que representa este momento, não podia deixar de registar e sublinhar a presença do sr. Luís Filipe Vieira. Quem mais deve ficar sensibilizado é o Benfica, que tem de saber unir as pessoas e não desunir e eu cultivei a união», referiu António Simões.

«Benfica tem sabido unir pessoas? Pode fazer-se melhor, pode fazer-se sempre melhor. Unir não é fácil porque há divergências. O que é mais importante, para lá de unir, é as pessoas compreenderem que há divergências, mas que isso não é estar contra ou dizer mal, são opiniões diferentes. Precisamos é de aproveitar todas elas em prol do Benfica», disse, confessando não saber se alguém da estrutura dos encarnados marcou presença no evento.

Já sobre se falou com alguém da direção das águias para marcar presença: «Vou ser sincero, a responsabilidade disso foi da editora. Tratou de enviar os respetivos convites às pessoas, não só do Benfica mas de outros clubes. Acho isso uma excelente ideia. Não tenho preferências, tenho desejos que se realizam ou não, mas como é evidente, tendo em conta a minha história, quase que digo que sou universal. Ainda agora viram o que aconteceu com a camisola do George Best. Dei-lhe, foi parar ao museu, vi a minha camisola no museu do Manchester United e agora passou a ter valor financeiro para ajudar a família. Só tenho de agradecer. Não pertenço à fatia dos falsos modestos, gosto que me reconheçam, falem comigo, cumprimentem. É desagradável ser assim? Para mim é muito simpático. Gosto de pessoas, de partilhar e elas vêm ter comigo, maravilha.»

«Cada vez que penso no Benfica, cada vez quero mais que ele cresça. E estou à espera que o Benfica se internacionalize mais. Neste mundo global, o Benfica ainda tem possibilidades de crescer. É a nossa expectativa. Mas isso dá trabalho, com certeza», prosseguiu.

António Simões falou sobre o momento do Benfica: «Contentíssimo. Feliz por ver que o Benfica está bem e recomenda-se. Isto traz e acrescenta mais responsabilidade. Ainda há que fazer mais e melhor para corresponder às exigências do jogo e o espaço empresarial dos clubes. Benfica tem de internacionalizar-se cada vez mais. Tenho essa esperança de por cá continuar e ver o Benfica a crescer.»

Questionado sobre se gostaria de ter um Benfica mais à imagem das grandes noites europeias: «Isso é o que se espera e deseja. Os tempos são diferentes, é preciso compreender que as dificuldades aumentaram. O futebol não é apenas um jogo, é a capacidade financeira de cada um. O Benfica tem de crescer, num mercado mais pequenos é mais difícil para o Benfica. Que os benfiquistas estejam atentos e contribuam cada vez mais para que o Benfica cresça e assim possa competir com os outros que são, realisticamente, mais fortes.»

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