Portugal foi derrotado por Roménia e Inglaterra no último estágio de preparação para a fase final do Campeonato da Europa de sub-21, que vai realizar-se em junho, na Eslováquia
Formação orientada por Rui Jorge continua a preparar a fase final do Campeonato da Europa de sub-21 (Foto: FPF)

Sub-21: Inglaterra-Portugal, 4-2 Para sonhar com o Europeu são precisos testes destes (crónica)

NACIONAL24.03.202522:20

Portugal foi derrotado por Inglaterra, mas deixou uma excelente imagem em terras de Sua Majestade. Rui Jorge voltou a dar meia parte para cada sistema tático e a equipa reagiu bem em ambas as situações

Os resultados ditam leis e, nesse capítulo, este último estágio de preparação para a fase final do Campeonato da Europa de sub-21 – de 11 a 28 de junho, na Eslováquia – não foi propriamente profícuo.

Depois do desaire sofrido diante da Roménia, na passada sexta-feira, em Famalicão, nova derrota, agora frente a Inglaterra, em West Bromwich, mas com uma imagem bem melhor.

Porque se aos 10 minutos a Inglaterra já vencia por 2-0 – um erro de Eduardo Quaresma ofereceu o primeiro a Hayden Hackney e a magia de Ethan Nwaneri escreveu a história do segundo -, antes disso já Portugal poderia ter marcado… por duas vezes: Tiago Tomás (3’) e Fábio Silva (5’) viram James Beadle negar-lhes o golo.

João Muniz, pouco depois, tirou as abas ao chapéu de Omari Hutchinson e os jovens lusos voltaram à carga. Desta feita com sucesso: Mateus Fernandes chamou Rodrigo Pinheiro à direita, o lateral cruzou com conta, peso e medida e Fábio Silva só teve de encostar.

Depois de dois penáltis por marcar a favor de Portugal – mão de Hayden Hackney (26’) e derrube de James Beadle a Fábio Silva (34’) -, Gustavo Sá atirou ao poste e Tiago Tomás também ficou perto do empate.

As emoções ficaram guardadas para a ponta final do desafio: Omari Hutchinson cabeceou para o 3-1 (76’), Carlos Borges rematou para o 3-2 (85’) e Jaden Philogene, já nos descontos, sentenciou a partida.

Do 4-4-2 losango da primeira parte ao 4-3-3 da etapa complementar, a certeza de que Portugal pode bater-se contra qualquer seleção. Que assim seja no Europeu!

Melhor em campo: Fábio Silva (Portugal)

O ponta de lança marcou… e não só. Durante a primeira parte, período em que esteve em campo, foi sempre uma seta apontada à baliza inglesa e esteve na génese de todos os lances de ataque. A sua saída ao intervalo (entre as sete substituições) fazia parte do plano de Rui Jorge.

Os destaques de Portugal

No lado direito esteve um lateral… às direitas. Rodrigo Pinheiro cumpriu defensivamente e na primeira metade esteve particularmente vocacionado para o ataque. Foi numa dessas incursões que fez a assistência perfeita para que Fábio Silva faturasse (22’).

Mas nem tudo foi bom no quarteto mais recuado, com especial incidência em Eduardo Quaresma. O defesa-central viveu uma noite para esquecer e errou de forma clamorosa logo aos 7 minutos, abrindo caminho para Hayden Hackney inaugurar o marcador.

Depois do brilharete frente à Roménia, Diogo Nascimento voltou a exibir-se a um nível bastante interessante e reforçou a ideia de que é um claro candidato à titularidade na fase final do Europeu.

Mateus Fernandes e Pedro Santos deram rotação ao meio-campo, cabendo a Gustavo Sá – só o poste lhe negou o golo (34’) – definir com categoria no último terço.

Tiago Tomás bem tentou o golo, mas viu James Beadle levar sempre a melhor (3’ e 41’).

Carlos Borges voltou a saltar do banco para agitar e desta feita até faturou (85’). João Marques agitou o setor intermediário e Henrique Araújo aportou qualidade ao ataque nacional.

«Jogo atípico» - Rui Jorge

A Inglaterra é uma equipa de topo a nível europeu, recheada de excelentes jogadores. Foi um jogo atípico para nós, mas gostei do posicionamento e da forma como saímos para o ataque. Por outro lado, não gostei de alguns erros que cometemos e que custaram caro.

Diogo Pinto já sente o peso da camisola

Se na passada sexta-feira, diante da Roménia, tinham sido quatro os jogadores a estrearem-se oficialmente pela Seleção Nacional de sub-21 – Jónatas Noro e Francisco Chissumba (ambos do SC Braga), Diogo Nascimento (Vizela) e Gonçalo Nogueira (Paços de Ferreira), o duelo frente a Inglaterra marcou o debute de mais um jogador neste escalão: Diogo Pinto.

O jovem guarda-redes do Sporting, de apenas 20 anos, foi lançado por Rui Jorge no decorrer da segunda parte – entrando para o lugar do bracarense João Carvalho – e no final da partida não escondeu a sua satisfação pelo momento.

«É sempre uma sensação de orgulho. É mais um passo dado na minha ainda curta carreira, mais um objetivo concretizado e vou continuar a trabalhar para concretizar os que ainda faltam. O selecionador nacional deu-me confiança no momento em que entrei», assumiu, em declarações ao Canal 11.

Notícia atualizada às 22h57

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