18 julho 2024, 14:37
Espanha apresenta projeto com 11 estádios para o Mundial
Proposta que incluía ainda Valência e Vigo como palcos da prova foi descartada
Substituição do estádio do Celta pelo da Real Sociedad, para o Mundial 2030, envolto em polémica
O escândalo das sedes espanholas do Campeonato do Mundo 2030 revelado pelo jornal EL MUNDO continua efervescente e já provocou a primeira vítima: Maria Tato, diretora da candidatura da Espanha, apresentou a sua demissão ao presidente da Federação Espanhola de Futebol que a aceitou. Ela era, de resto, a única sobrevivente já que os seus colegas Jorge Mowinckel e o antigo futebolista Fernando Sanz já tinham sido despedidos por Rafael Louzán quando este assumiu a presidência do organismo federativo.
Segundo divulgou aquele diário, em junho do ano passado foi elaborada a primeira lista com os nomes dos onze estádios escolhidos, o último deles era o do Celta de Vigo mas, dois dias depois, surgia uma outra, que seria a definitiva e que foi enviada à FIFA, na que o estádio do clube galego passava a ter pior pontuação que o da Real Sociedad, uma presumível manipulação que levou à troca de posições de ambos na classificação tendo como consequência que Vigo ficava sem Mundial a favor de San Sebastián.
18 julho 2024, 14:37
Proposta que incluía ainda Valência e Vigo como palcos da prova foi descartada
O presidente da Câmara Municipal de Vigo, Abel Caballero, ao conhecer a notícia não escondeu a sua repulsa mas mais irritado ficou ainda quando o mesmo periódico deu a conhecer uma gravação de áudio, feita entre a elaboração da primeira e da segunda lista, na que Maria Tata dizia aos seu colegas da Comissão que «se for preciso meteremos 800 vezes os dados em Excel até que tudo confira», algo que pode subentender-se como um desejo de influenciar os resultados até chegar aos pretendidos.
O autarca, que considera o sucedido «duma gravidade extrema com efeitos negativos na marca Espanha em todo o mundo» exigiu explicações e que fossem tornados públicos os parâmetros de avaliação utilizados e as atas das reuniões, tudo com a máxima transparência.
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Vistas as dimensões tomadas pelo escândalo, Maria Tato, a instâncias dos seus superiores, apresentou um relatório pormenorizado sobre os critérios de seleção das sedes e os passos dados pelo Comissão que presidia, algo que não deve ter sido suficientemente convincente para evitar a sua fulminante demissão.
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