PAN visita futebol feminino do Estrela e elogia «boas práticas» de igualdade de género
Inês Sousa Real, porta-voz do partido, assistiu à partida da Taça Nacional de Promoção que opôs os tricolores ao Real; cumprimentou as jogadoras e enalteceu trabalho realizado pela promoção das mulheres no futebol
Precisamente a uma semana das Eleições Legislativas, que se realizam no próximo dia 10 de março, a porta-voz do partido político PAN (Pessoas, Animais e Natureza), Inês Sousa Real, visitou o Estrela da Amadora, mais concretamente a sua equipa de futebol feminino.
A candidata a deputada deslocou-se ao Complexo Desportivo do Monte da Galega, no Casal de São Brás, na Amadora, e assistiu ao encontro relativo à 5.ª jornada da Série H da Taça Nacional Feminina de Promoção, entre o Estrela e o Real SC, que terminou empatado a dois golos, mantendo assim a liderança isolada da classificação, com 10 pontos, relativos a três vitórias nas primeiras três jornadas e a igualdade registada este domingo
Ainda antes do apito inicial, a deputada eleita pelo PAN na última legislatura desceu ao terreno de jogo para cumprimentar as atletas da equipa feminina do Estrela e os responsáveis pela estrutura, elogiando o trabalho desenvolvido.
A eleita e líder do partido político enalteceu o futebol feminino dos tricolores como um exemplo de «boas práticas» pela fomento da igualdade de género no desporto, pela qual o PAN tem pugnado. Inês Sousa Real recordou, com satisfação, o projeto-lei recentemente aprovado em plenário da Assembleia da República, que prevê uma quota que equilibra a representação de ambos os géneros nas diversas instituições desportivas.
«Introduzir mulheres em cargos de direção causa maior sensibilização e implementação e quem o diz não somos nós: são os vários estudos que existem, que dizem que existindo mulheres em cargos de direção é mais fácil implementar essas boas práticas», assinala, lembrando que a lei prevê ainda uma moratória que permite uma transição confortável até uma implementação definitiva a partir de 2026.
«A moratória permite, por um lado, esta transição e os órgãos que estão em gestão manterem-se tal como estão, havendo por exemplo a renovação do pedido de utilidade pública ser feita já de acordo com as novas quotas», explica.
A porta-voz do PAN considerou esse um passo em frente pela igualdade de circunstâncias entre homens e mulheres em lugares de decisão no desporto e um incentivo para o incremento de mulheres em cargos diretivos, também para que a luta pela igualdade salarial seja, de facto, uma realidade num futuro próximo.
«O futebol acaba, de facto, por ser o exemplo mais gritante, mas sabemos que a nível social as mulheres têm uma tabela salarial, muitas vezes sendo mais capacitadas no ponto de vista da formação que os homens, em que recebem menos que um homem», lamentou, reivindicando mudanças nesse particular, que considera particularmente urgentes.