Sporting-Santa Clara, 2-1 a. p. Os parabéns aos jogadores, os detalhes e a importância do resultado: tudo o que disse Tiago Teixeira

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Adjunto muito satisfeito com o desfecho da eliminatória

— O jogo teve muitas paragens, muito tempo perdido, isso acaba por justificar que o Sporting não tivesse conseguido impor o ritmo como conseguiu, por exemplo, com o Boavista? E a reação dos jogadores depois do empate, agradou?

— Claramente, o grande objetivo era passar mais uma eliminatória e foi conseguido.Voltámos a entrar bem no jogo,  se calhar de forma se calhar mais cautelosa porque era uma eliminatória. Ainda assim, conseguimos controlar e perceber os passos que podíamos explorar.  Conseguimos criar algumas situações de golo, infelizmente não conseguimos concretizar logo as primeiras que tivemos contra uma equipa que se apresentou outra vez num bloco baixo sem ter muita bola.  Também é mérito nosso que não permitimos transições, nem que eles pudessem sair do seu meio campo. Acaba por ser uma vitória com muito mérito de uma resposta dos jogadores outra vez, que não mereciam sequer o empate. O Santa Clara fez os dois remates já depois dos 90' e os jogadores mais uma vez deram uma excelente resposta e conseguiram fazer o 2-1,  estando já muito limitados fisicamente. E apesar de alguns terem de jogar noutras posições, conseguiram cumprir.

— Qual o estado de espírito de João Pereira depois desta terceira vitória à frente do Sporting? Será que convenceu os adeptos?

— O estado anímico depois de uma vitória é sempre excelente. Numa prova a eliminar, o importante é seguir em frente. Se conseguirmos ganhar todos os jogos desta forma até ao fim, assino já. Justificámos plenamente o triunfo e seguimos em frente com todo o mérito.

—  Referiu aí que o Sporting só consentiu ao Santa Clara as oportunidades já depois do minuto 90. O que é facto é que voltou a consentir. A que se deve isso?

— Nos últimos minutos acho que foi uma questão meramente física. Uma equipa que tem tido uma série de muitos jogos onde têm jogado quase os mesmos jogadores e estão a jogar dois jogadores de 17 anos no onze e entrou mais o Mauro Couto, que foi mais uma estreia. Podíamos ter resolvido o jogo mais cedo e aqui só o resultado interessa. É a passagem, é a resposta dos jogadores. Uma grande vontade de querer passar este eliminatória. E alguns atletas, mesmo em condições muito limitados fisicamente conseguiram aguentar o jogo até ao fim. 

 — Não é esquisito para os jogadores haver quatro jogadores a jogarem na ala direita?

— Em termos de alas, eles estão habituados a jogar com o pé certo ou com o pé contrário nas faixas. Já estão habituados e a essas dinâmicas. Neste jogo, não só por uma questão tática, mas também por uma questão física que tivemos de fazer algumas adaptações. Não foi estranho para eles.

— Houve muitos jogadores intranquilos. O que pensa da arbitragem?

— Essa intranquilidade dos jogadores e algumas situações que possam ter acontecido durante o jogo acho que foi mais devido à atitude do Santa Clara, que praticamente abdicou de jogar, só quis defender e perder tempo desde o início do jogo. Às vezes também algumas faltas exageradas, mas nada de especial. Os jogadores queriam muito ganhar e sentiram-se um bocadinho prejudicados por essas perdas de tempo que depois acabaram por não resultar em nada.

— Depois do 2-1, muitos jogadores foram abraçar João Pereira. É sinal de que a equipa está com o treinador?

— É um sinal de que todos querem ganhar. Quando se marcou 2-1, e depois da maneira como foi, já com os jogadores muito limitados fisicamente,  é um sinal de que eles queriam muito esta vitória. Desde o primeiro dia que sentimos que os jogadores têm tido uma entrega enorme,  não fizeram mais porque não conseguiram. Não temos nada a apontar aos jogadores, e hoje mais uma vez estão de parabéns, porque tiveram uma atitude e um empenho incríveis. 

— Escolheram o mesmo onze inicial. Esta aposta também quer dizer que queriam consolidação após a vitória sobre o Boavista?

— Como disse na antevisão, temos confiança total em todos os jogadores, e neste jogo jogaram os que nós achávamos que estavam mais aptos,  mais preparados. Kovacevic não jogou? Para nós não há rotatividade.

— A equipa técnica tem identificado maior pendor ofensivo mas a estatística não diz isso… E defensivamente há muitos erros…

— Primeiro estamos preocupados com o resultado, o mais importante é ganhar os jogos. Em relação a isso de não criar tantas oportunidades de golo, não concordo, ainda agora contra o Boavista fizemos 20 remates e só na primeira parte tivemos 12 ocasiões de golo, por isso acho que continuamos a criar. É apenas uma questão de eficácia defensivamente.  Podemos dizer que temos de melhorar, e nós sabemos disso, mas são pequenos detalhes.  Hoje já conseguimos melhorar nas coberturas ofensivas, que permitiram menos transições,  disputas de passes longos, duelos aéreos, a segunda linha também esteve melhor,  são alguns pormenores que temos corrigido, às vezes em cantos ou livres, não é fácil, principalmente quando já existem muitas substituições, ali um ou outro jogador pode perder uma ou outra posição, mas estamos atentos a isso, sabemos o que temos de melhorar, mas sem dúvida o mais importante é o resultado.

— João Pereira naquela série de 4 derrotas seguidas foi dizendo várias vezes que faltava ao Sporting faltava um clique.  Esta vitória pode significar esse clique? E o que disse Esgaio ao árbitro?

 — Sim, são claramente as vitórias que nos alimentam,  procuramos vencer e dominar todos os jogos. É isso que dá confiança aos jogadores, é o que dá confiança à equipa,  e é isso que vamos tentar fazer já a partir da manhã na preparação do Gil Vicente.  Em relação ao Esgaio, quando eu cheguei o árbitro já o tinha expulso,  só fui lá para ele sair para o balneário.

— Hoje o Sporting entra em campo com três defesas centrais e termina o jogo com três defesas totalmente diferentes.  Pergunto-lhe, taticamente, o que é que pretendeu com tantas mudanças? 

— A  linha defensiva que iniciou o jogo foi atendendo às características que achávamos que íamos encontrar também por parte do Santa Clara,  ter defesas centrais e também envolver mais com a bola.  Depois, quando entrou o Safira e o Debast, já estava mais limitado fisicamente. Quanto ao Diomande, achávamos que era mais forte nos duelos aéreos e acho que cumpriu na perfeição.  Depois, algumas das trocas também foram por limitações físicas já no fim do jogo.

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