Académico de Viseu Os motivos para a inesperada saída de Jorge Costa

Jorge Costa deixou ontem o comando do Académico de Viseu. O treinador de 51 anos, sabe A BOLA, tomou a iniciativa de sair devido a divergências com a Administração presidida por Mariano Maroto Lopez, também representante da HOBRA, a empresa alemã especializada em investimentos desportivos que adquiriu a maioria do capital social da SAD beirã.  

Ao que o nosso jornal apurou, Jorge Costa não gostou de ser confrontado com uma interferência dos administradores na planificação desportiva da próxima temporada, que, em seu entender, é da exclusiva competência da equipa técnica. O pedido para sair foi imediatamente aceite, tendo as partes, tal como expressou o comunicado dos viseenses, chegado a acordo para a rescisão do vínculo, extensível aos adjuntos Marco Leite e Claudio Carsi e ainda ao analista David Costa, filho do treinador.

Jorge Costa chegara ao Fontelo em setembro para suceder a Pedro Ribeiro, que não resistiu a um início de época desastroso.

Pela mão do antigo central, os viriatos, com um futebol alegre e letal, depressa asseguraram os objetivos desportivos traçados - e pelo meio, com uma impressionante série de duas dezenas de jogos sem perder, chegaram aos quartos de final da Taça de Portugal e disputaram pela primeira vez a Final Four da Taça da Liga - e intrometeram-se na luta pela subida à Liga, meta que o treinador, experiente, ciente da realidade do clube e na defesa dos jogadores que liderou, sempre abordou com cautela.

Cabe agora a Pedro Bessa, 46 anos, até aqui diretor desportivo dos beirões mas com as necessárias habilitações para figurar na ficha de jogo, conduzir o plantel, apanhado de surpresa, nas seis jornadas que faltam. A dois pontos do Farense, em lugar de 'play-off', e a quatro do Estrela da Amadora, resta apenas saber como vai equipa responder a este desfecho.