Os destaques do Sporting: de trincada em trincada chegou o leão faminto à goleada final
Francisco Trincão deu de comer a este Sporting, com um golo, uma assistência e ainda participação direta noutra das trincadelas dos verdes e brancos; Eduardo Quaresma ficou com fogo nos pés e avançou até ao seu momento de glória
Melhor em campo: Trincão (8)
Atento, viu o que Vítor Gómez estava a fazer: um passe da direita para o meio, para zona proibida. Sagaz, correu mais depressa do que qualquer outro, ganhou a bola, dominou de pé esquerdo e com o mesmo rematou, eis a primeira trincada dum leão faminto e estava feito o 1-0. No lance do 2-0 foi ele quem recebeu de Eduardo Quaresma, quando o central resolveu mandar tudo às malvas a avançar até ao golo. E no 3-0 inventou na esquerda o cruzamento para assistir Gyokeres, depois de se livrar de dois bracarenses. É deste Trincão que Rúben Amorim falava mesmo quando o avançado de 24 anos era criticado. Agora é o primeiro a dar de comer à equipa.
6 Adán — Durante toda a primeira parte limitou-se a ter atenção ao jogo e a marcar um par de pontapés de baliza. Até que já aos 62’ Álvaro Djaló cabeceou com espaço na área, na sequência de um canto, e obrigou o espanhol a aplicar-se, defendendo com uma palmada o golo que os minhotos chegaram a gritar.
8 Eduardo Quaresma — Cedo começou a dar nas vistas quando em voo e de forma acrobática cortou a bola e afastou o perigo, como o afastou também pouco depois para canto. O golo que ajudou a marcar mas não contou no clássico com o FC Porto deixara-o em lágrimas, as mesmas, de alegria, que ontem motivou nos adeptos quando fez o 2-0, jogada que iniciou e terminou em qualidade e raiva que colocou para fora do peito na hora do festejo. Momento de glória do central, imperial também a defender.
6 Coates — Colocou ponto final na iniciativa de Borja, que pela esquerda entrara na área depois de ultrapassar Quaresma. Já com 2-0 no marcador segurou a bola e esperou, várias vezes, que os minhotos o pressionassem na saída para o ataque. Aos 40 os bracarenses recusaram cair no engodo e o capitão embalou com a bola até área de Matheus numa iniciativa a valer aplausos. Patrão.
7 Gonçalo Inácio — Chamado ao serviço pela primeira vez as 15’, cortou pela raiz a tentativa de incursão bracarense em zona de finalização, coisa que nos primeiros 45’ pouco aconteceu. Subiu no terreno e lançou Pedro Gonçalves para a assistência no 4-0, trincada dada por Daniel Bragança.
7 Geny Catamo — Subiu no terreno a enfrentar Borja. Aos 6’ encontrou espaço para rematar mas a bola saiu muito por cima. Aos 13’ enfrentou outra vez o colombiano e outra vez não teve medo de assumir e rematar desta vez com perigo. Ganhou o lugar a Esgaio e justificou porquê.
7 Hjulmand — Com a bola nos pés espera-se sempre que tire da cartola um passe a lançar um companheiro, por norma servido numa bandeja digna do serviço da casa real dinamarquesa. Assim o fez por um par de vezes na primeira parte, altura em que comandou o meio-campo leonino. É ele o motor da equipa, é ele o polvo que controla o miolo.
5 Morita — Aos 2’ lançou muito bem Gyokeres em profundidade. Tentou não dar espaços aos elementos do meio-campo bracarense mas nunca se soltou interinamente quando a equipa partiu para o ataque. Saiu aos 61’ com o resultado em 2-0.
7 Nuno Santos — Sempre intenso como costuma ser, custou a encontrar o seu momento. Sem dar descanso a Víctor Gómez, teve de suar na segunda parte na ajuda a defender Djaló. Aos 60 recebeu de Trincão uma bola em toda a largura e com espaço pensou o remate e executou-o, forte, mas ao lado. Mas aos 85 também deu a sua trincadela na baliza minhota: uma trivela para golo.
7 Gyokeres — Lançado em velocidade por Morita (2’) serviu bem Pedro Gonçalves na primeira incursão leonina na área do SCBraga. Batalhou durante toda a primeira parte e tentou aquela jogada que muitas vezes faz, na área e a confundir os defesas, ora para dentro ora para fora, ora para a frente ora para trás até á estocada final que apareceu aos 71’, na altura o terceiro golo do leão ainda faminto.
7 Pedro Gonçalves — Recebeu de Gyokeres aos 2’, na área bracarense, mas não conseguiu definir. No lance do 2-0 não dominou bem mas acabou por servir, quase de forma involuntária, Quaresma que por ali passava lançado como se levasse fogo nos pés. No 4-0 foi dele o passe para Bragança finalizar. Dois golos com a sua marca.
7 Daniel Bragança — Lançado aos 61’, não desperdiçou a oportunidade de participar na festa, com o 4-0 12 minutos depois de ser lançado por Rúben Amorim.
5 Matheus Reis — Entrou aos 75’ já com o resultado em 4-0. Ocupou lugar à esquerda na defesa (Inácio passou para a direita) e segurou o que ainda havia para segurar.
5 Edwards — Ainda teve nos pés ocasião para brilhar mas decidiu mal. De resto, entrou na festa.
6 Esgaio — Entrou aos 84 e um minuto depois cruzou para o lance em que Nuno Santos trincou o 5-0.
5 Paulinho — Pouco tempo em campo mas muito ativo a procurar ser feliz.