Destaques do SC Braga: Guerreiros numa batalha sem armadura e pouca resistência
Álvaro Djaló foi quem mais problemas colocou ao leão (SHOOTHAPPENS)

Destaques do SC Braga: Guerreiros numa batalha sem armadura e pouca resistência

NACIONAL11.02.202421:00

Jogo de demasiados erros, cinco golos, poucas ideias e muitas exibições apagadas. Álvaro Djaló foi o único a mostrar estar preparado para a luta. Víctor Gómez errou, mas não foi caso isolado...

Melhor do SC Braga: Álvaro Djaló (6)

Melhor. Em tudo o que de bom foi feito na equipa bracarense. Sempre com a sua assinatura. Problema? Falta de companhia e aquele bocadinho de sorte que por vezes protege os audazes. Foi ele que, imagine-se, fez o primeiro remate bracarense aos… 45’. Também ele que, de cabeça, proporcionou a defesa mais apertada de Adán em todo o jogo (62’) na sequência de um pontapé de canto. E, por fim, aos 70’, atirou um remate cruzado passou perto da baliza do espanhol! O melhor na qualidade, nas ideias, no talento, na imprevisibilidade. E numa equipa amorfa essas qualidades foram ainda mais evidentes…

Matheus (4)
Incapaz. De travar um leão faminto pela baliza adversária. Foram cinco golos (apenas no de Gyokeres deu ideia de que poderia ter feito algo mais) num jogo ingrato pois a eficácia do leão não lhe permitiu brilhar. 

Víctor Gómez (3)
Cruel. Foi ele que começou a perder a batalha de Alvalade com um passe errado que acabou por isolar Trincão no 1-0. Tentou redimir-se, depois, dando uma maior profundidade ao corredor, mas ficou-se pelas (poucas) intenções. 

José Fonte (4)
Quarentão. Há qualidades que resistem. A liderança, posicionamento, leitura de jogo. Essas mantém-se intactas. Mas diante de um adversário feroz, incansável e insaciável pelo golo, o central sentiu imensas dificuldades. Agora imaginemos se acrescentarmos Gyokeres. Jogo muito complicado, difícil, como ficou evidente no duelo perdido no golo do sueco.  

Paulo Oliveira (5)
Bombeiro. A apagar um fogo aqui e ali. Mas dado o vendaval ofensivo leonino foi quase impossível estar em todo o lado. Foi travando, como pôde, as constantes e explosivas movimentações de Gyokeres. A dinâmica imposta pelos leões foi um verdadeiro quebra-cabeça e o central, neste seu regresso a Alvalade, acabou por ser uma das vítimas.

Borja (5)
Massacrado. Pela vivacidade de Geny Catamo. Mas também de Trincão, Eduardo Quaresma, Hjulmand que iam aparecendo pela sua zona de ação… Muitos problemas, poucas soluções… O colombiano, sempre muito ‘encolhido’, tentou acrescentar velocidade ao corredor mas foi quase sempre (bem) bloqueado. Cresceu na segunda parte e esteve envolvido nos (escassos) lances de maior perigo dos minhotos. 

Vitor Carvalho (4)
Organizado. Mas numa ‘casa’ quase desfeita… pouco valeu. Era ele quem tinha a missão de vigiar Trincão que foi (apenas) o homem do jogo. Nunca foi capaz de agarrar no jogo, de liderar um meio-campo dominado totalmente pelo leão. Correu, lutou, é certo, mas demasiado precipitado no passe e com decisões nem sempre corretas. Saiu aos 63’. 

João Moutinho (4)
Assobiado. Já se adivinhava. Alvalade nunca lhe perdoou a mudança para o Dragão em 2010/2011 após 259 jogos com a camisola leonina. Experiente, 37 anos, sem o fulgor de outros tempos, foi gerindo os tempos de jogo, a posse, metendo ‘gelo’ no fervoroso caudal ofensivo do leão. Muita contenção, pouca condução e criação numa equipa muito presa ao que o adversário ia fazendo…  

Zalazar (4)
Dinâmico. Jogador de fino recorte, eficaz em espaços curtos, assertivo nos lances de bola parada, tudo aquilo que não teve em Alvalade. Foi bem vigiado pelos médios leoninos, obrigando-o a errar e a procurar espaços onde as tomadas de decisão eram mais complicadas. Foi-se apagando com o jogo da própria equipa.

Ricardo Horta (4) 
Apagado. O lance ao minuto 73’ em que surgiu na área dos leões para tentar evitar o golo de Daniel Bragança é paradigmático do que foi obrigado a correr e procurar anular os muitos perigos do leão. Exibição esforçada, de pouco rasgo, demasiado modesta para a importância que tem em todas as manobras da equipa minhota. 

Abel Ruiz (5)
Isolado. Se houvesse prémio combatividade, o avançado espanhol estaria por certo entre os candidatos. Muito só na frente, variadíssimas vezes obrigado a recuar para ter bola, a encostar nos centrais leoninos, sempre num ritmo elevado. Longe do golo, é certo, a trabalhar para o coletivo (excelente passe para Álvaro Djaló aos 70’) mas numa equipa que criou pouco ofensivamente foi lutando com as poucas armas que os colegas lhe foram oferecendo.  

SUPLENTES

Cher Ndour (4)
Apático. Quando a intenção, ao sair do banco, era precisamente a contrária. Dar maior poder à equipa com bola, critério nas saídas, mais metros na frente. Isso acabou por não acontecer. Chegou há poucos dias e foi notória a falta de entrosamento com os colegas. Apagado. Em demasia.

Joe Mendes (5)
Inseguro. Entrou bem, confiante, ambicioso até, mas os golos de Gyokeres e Trincão, num espaço de três minutos, voltaram a colocar nuvens negras sobre a equipa nos instantes finais. E o jovem, com origem sueca, acabou por ser apanhado pelos momentos de desconcentração que voltaram a abalar a equipa nos instantes finais.   

Niakaté (-)
Entrou aos 83’ e dois minutos depois ainda viu o festejo de Nuno Santos no 5.º golo dos leões.

Pizzi (-)
Regressado. A um palco onde chegou a ser figura, na altura com a camisola do rival do Benfica. Desta vez, sem a influência de outrora, somou escassos minutos quando pouco (ou nada…) haveria a fazer para os minhotos. 

Roger (-)
Premiado. Com mais uns segundos no principal escalão para este jovem atacante de 18 anos. Apenas isso…