O novo adjunto do FC Porto aos olhos de um antigo treinador: «Profissional de topo»

José Viterbo, uma das vozes mais capacitadas para falar de Nuno Piloto, não poupa elogios ao agora treinador-adjunto dos dragões; «Um ser humano incrível», garante o antigo técnico do Mestre em Bioquímica

A nova realidade de Nuno Piloto é o FC Porto, mas impõe-se recordar um pouco da história do antigo craque. Especialmente aos adeptos portistas. Porque além de jogador, Piloto também já foi treinador. E teve ainda outras ocupações profissionais depois de ter-se desligado dos relvados – esteve ligado à fruticultura, juntamente com o irmão, numa quinta de que são proprietários, em Viseu, e mais recentemente foi gestor comercial numa empresa da indústria petrolífera, na zona sul do país.

Mas também o percurso académico de Nuno Piloto foi exemplar. O antigo médio foi o primeiro jogador da elite nacional a lograr atingir o grau de ‘Mestre’. Em 2009, e já depois de concluída a licenciatura em Bioquímica, pela Universidade de Coimbra, Nuno Piloto tirou o mestrado na referida área. A tese então defendida foi subordinada ao tema «A utilização da Eritropoietina (rh EPO) no doping: estudos dos efeitos cardiovasculares e metabólicos em ratos submetidos a exercício físico». Obteve a nota máxima atribuída pelo júri: muito bom.

A BOLA foi às profundezas da história de Piloto e esteve à conversa com outro histórico da Briosa: José Viterbo. Que não esconde o seu sentimento pelo antigo pupilo.

«Foi sempre uma grande referência. Não só nos relvados, como também fora deles. Trilhou um percurso académico de inegáveis méritos e encarnou na perfeição o espírito de jogador-estudante da Académica. É um dos porta-estandartes da história secular da Briosa. Depois, enquanto jogador, era também sublime. Um profissional de excelência. Em suma, um homem na verdadeira aceção da palavra», começa por contar José Viterbo, técnico que trabalhou com Piloto nos juniores da Académica, bem como na equipa B e na formação principal.

Mais tarde, na época 2018/2019, Viterbo, coordenador da AAC/SF, foi o responsável pelo lançamento do agora adjunto de Vítor Bruno enquanto treinador. Assumiu os sub-17 da AAC/SF: «Não tinha dúvidas de que poderia fazer um excelente trabalho e a prática confirmou a teoria. Ficámos a dois pontos da subida aos nacionais...»

A finalizar, e juntando todo o conhecimento que tem de Nuno Piloto, José Viterbo antevê-lhe todo o sucesso. «Sempre teve tudo para chegar ao topo. Desejo-lhe o melhor do mundo e que seja muito feliz nesta etapa no FC Porto, onde vai trabalhar com um grande amigo e uma alma gémea, como é o Vítor Bruno», concluiu.