Gil Vicente-Estrela da Amadora, 3-0 O galo canta mais alto quando lhe fazem festas
Gil Vicente com vitória tranquila perante Estrela da Amadora que abriu autoestradas sem portagem no seu último reduto
O galo é o símbolo de Barcelos e este sábado cantou alto diante do Estrela da Amadora, que na defesa fez festas à equipa da casa e abriu a oportunidade para os da casa fazerem os seus golos, nomeadamente os dois primeiros. No inaugural, os tricolores abriram uma autoestrada até Mboula entregar a bola a Félix Correia, e no segundo, com Cissokho, após uma incursão de Cauê, a devolver o esférico em bandeja dourada a Fujimoto, para o japonês, sem dificuldade, e de pé esquerdo, bater um desamparado Bruno Brigído.
Pelo fosso cavado, estes dois lances marcaram um encontro bem disputado na primeira parte, no qual os tricolores quiseram estender a equipa para colocar os gilistas em sentido, mas em que nunca o conseguiram com muita propriedade, por notória falta de imaginação no terço ofensivo, com o homem com maior propensão para causar dificuldades aos da casa, Igor Jesus, a jogar numa zona muito recuada do terreno. O 4x3x3 inicial da equipa da Amadora não resultava, apesar das oportunidades de Bucca e Jovane Cabral, e o treinador José Faria não teve em pejos em mudar ainda na primeira parte, passando para um 4x4x2, com a introdução dum nome maior do futebol nacional, Nani, e de alguém com enorme faro pelo golo, Rodrigo Pinho. Portanto, um recurso a consagrados.
Com o mesmo esquema tático (4x3x3), o Gil Vicente ia controlando o jogo, embora no início da segunda parte tenha recuado o bloco perante o maior atrevimento amadorense, mas com os da casa sempre de olho na baliza adversária. Os tricolores tinham mais bola, muito fruto da ação da Nani, mas a velocidade de processamento era baixa, pelo que estes não conseguiam entrar no último reduto dos minhotos. Com este cenário, jogo muito disputado a meio-campo mas, num contra-ataque, o Gil aumentou a vantagem, com mais uma autoestrada sem portagem para Aguirre marcar.
O Gil Vicente, que regressou às vitórias após cinco jogos de jejum, e dá um salto na tabela; o Estrela continua em zona de aflição me resta saber o futuro próximo de José Faria.
Nos gilistas, os golos na Liga têm todos a assinatura de três homens: Kanya Fujimoto, Félix Correia e Aguirre.