«No campo há um misto de pressão e orgulho»

Sporting «No campo há um misto de pressão e orgulho»

NACIONAL04.05.202317:05

Ambos são jovens da formação, ambos têm 18 anos, ambos estão a crescer sob a batuta de Rúben Amorim na equipa principal e ontem foram protagonistas de um animado ADN de Leão.

Dário Essugo e Youssef Chermiti falaram das experiências que viveram durante a formação e na equipa principal e recordaram a noite mágica no Emirates, no duelo europeu com o Arsenal.

«Não estava nervoso mas ansioso. As pessoas podem pensar que falhei o passe por isso, mas o que pensei naquele momento é que tinha um jogador atrás de mim e quis jogar a um toque. Esse passe errado [que não deu golo devido a grande defesa de Adán a remate de Trossard] não foi devido a nervosismo. O jogo estava bom para nós, sentíamos isso e um erro podia estragar tudo. Naquele momento só pedi que a bola não entrasse na baliza, pois se tivesse entrado podia ter comprometido a minha carreira», confessou o jovem médio, admitindo que na altura agradeceu ao guarda-redes Adán a defesa - «fiquei a dever-lhe uma» - e reconhecendo que depois desse momento Ugarte ajudou-o dentro de campo.

Chermiti fez quase todos os desportos enquanto jovem e foi num torneio em São Miguel que chamou pela primeira vez a atenção dos responsáveis leoninos. Na altura tinha apenas oito anos, mas alguns mais tarde, numa votação democrática em família, decidiu arriscar e ir viver para a Academia.

«Quando tinha 12 anos vim à experiência e em dezembro o senhor Aurélio Pereira chamou o meu pai e ele percebeu logo que o Sporting queria algo mais sério. Disse logo que sim, nem hesitei, mas a minha mãe... Em casa somos cinco e as decisões são sempre por maioria», confessou.

Para ambos a formação tem prós e contras... dentro de campo. «É bom ter um pouco de pressão, no campo há um misto de pressão e orgulho. Mas, por vezes, se falhas é porque estás a crescer, noutras é porque estás ainda verde», atirou o avançado. «O erro vai fazer sempre parte, não cometer os mesmos erros é que é importante. Somos miúdos e temos muito para aprender e crescer, mas os mais velhos também continuam a errar», disse Essugo.

Ambos confessaram que não mudam de atitude quando jogam pela equipa principal ou secundária. E que no Sporting ser jovem é sinónimo de futuro.

«Quantos jogadores já se estrearam ou foram chamados aos treinos do plantel principal. Há uns anos isso era difícil, houve uma mudança de mentalidades», sublinhou o médio, com o avançado a frisar que o mais difícil não é chegar à equipa principal é conquistar espaço no plantel: «Na equipa principal tens de comer a relva.»