Nico González: «Somos a melhor equipa da Liga e vamos demonstrá-lo»
Médio espanhol do FC Porto diz estar 100 por cento adaptado à exigência do clube e de Sérgio Conceição; fala com otimismo da eliminatória com o Arsenal e diz que lhe tem faltado o golo; «a bola há-de entrar, já estou a merecer», brinca
Nico González foi destaque na Revista Dragões, numa entrevista em que se deu a conhecer melhor aos adeptos. O espanhol reconhece estar a viver uma fase feliz no clube e ainda acredita na conquista do título nacional.
«Somos a melhor equipa da Liga e vamos demonstrá-lo», disse, elevando ainda a fasquia na eliminatória com o Arsenal: « Estou convencido que vamos passar, quem não é do FC Porto não acredita nisso, mas estou convencido que vamos ganhar ao Arsenal em casa e que vamos a Londres discutir a eliminatória. Posso garantir que vamos lutar em cada minuto dos dois jogos da eliminatória e dar tudo.»
O dia a dia é vivido entre os treinos e a casa onde vive. «Sinceramente, estou muito feliz aqui, sinto-me muito confortável, sinto que estou num sítio acolhedor, sinto que esta é a minha casa. A verdade é que a vida aqui é incrível. Vivo em Vila Nova de Gaia e estou muito feliz, gosto muito do meu dia», disse o espanhol, que recordou a primeira conversa que teve com Sérgio Conceição.
«Conheci-o no dia em que assinei pelo FC Porto, no jogo pré-temporada frente ao Rayo Vallecano. Transmitiu-me muita confiança e deixou muito claro que tinha que trabalhar muito e que ia exigir o máximo de mim, que é o que está a fazer», afirmou.
«O que fiz no Valência ajudou-me a destacar-me. Também foi por isso que surgiu o interesse do FC Porto. Afinal de contas, sou um jogador muito jovem, e um ano a jogar regularmente na La Liga foi muito importante para mim. Não duvidei de que queria vir para aqui desde o primeiro segundo. Tinha outras opções, mas desde o início que tive muito claro que era no FC Porto que queria jogar e tentei vir o mais cedo possível», recordou o médio, que depois de passar por um período de adaptação entrou finalmente nas primeiras escolhas de Sérgio Conceição: «O início é sempre duro, adaptar-se para um lugar novo é complicado, mas vinha com muita vontade e creio que me adaptei rapidamente à exigência dele. Além disso, eu já tive um treinador com um perfil parecido, muito exigente, como era o Gattuso. É um processo que demora o seu tempo, mas creio que já estou adaptado a 100 por cento e sinto-me muito bem. Creio que estou a melhorar muito, sobretudo na chegada à área e nas zonas de finalização. Ainda não consegui marcar, nalguns jogos tive algumas oportunidades, mas espero que em breve a bola entre. Acho que já estou a merecer.»
«O FC Porto é um clube muito grande, a exigência também é muito grande, mas é assim que tem de ser. Clubes grandes, como o Barcelona, têm de exigir o máximo de todos, e é isso que eu tenho de dar, o meu máximo», reconhece, falando dos amigos que lhe são mais próximos, como «Fran Navarro, Toni Martínez, Iván Jaime, Alan Varela, Jorge Sánchez», mas sem esquecer Marcano. «Também me ajudou muito desde o início», indicou. «É um grupo muito unido, no qual ninguém tem má relação com ninguém, todos nos damos muito bem e o ambiente é muito bom. Quando estamos dentro do campo damos tudo uns pelos outros, há uma conexão grande e uma sensação de família», garantiu.
Quanto ao atraso para os rivais na Liga, não é irrecuperável, aponta Nico González: «Somos sem dúvida a melhor equipa, acredito que o vamos demonstrar no final da época, a nossa luta está aí e creio que estão os três num nível alto. Espero que no final ganhemos nós. Faltou-nos alguma regularidade na primeira volta e creio que tivemos jogos que devíamos ter ganho e não ganhamos, sobretudo na nossa casa. Nesses jogos não conseguimos os três pontos e no nosso estádio é obrigatório ganhar sempre.»