«Não terás imagens, vai por mim»: os áudios do VAR no polémico FC Porto-Arouca

Árbitro ficou sem imagens no Estádio do Dragão, e teve de recorrer ao sistema alternativo de comunicação

A segunda edição do programa «Juízo Final», da Sport TV, em que foram revelados os áudios de VAR, terminou com a análise ao polémico FC Porto - Arouca, no qual foi registada uma falha que impediu que o árbitro tivesse acesso às imagens de um lance de pretenso penálti sobre Mehdi Taremi. 

Rui Oliveira, o VAR, chama Miguel Nogueira, o árbitro principal, à zona de revisão, e começa logo dizer que entende que «a carga é normal».

Miguel Nogueira informa depois que não tem imagens, pelo que pede uma descrição. «Há um cruzamento e o Taremi, antes de a bola chegar, já está em queda. Há um contacto normal. Nada justifica queda. Depois o corte do jogador do Arouca é com a cabeça», responde Rui Oliveira.

«Não vais ter mais imagens. Vai por mim», acrescenta.

O penálti foi então revertido, e João Ferreira, vice-presidente do Conselho de Arbitragem, entende que o processo foi correto, até à decisão final.

«As leis são muito claras: um mau funcionamento de VAR não requer repetição. Já não é a primeira vez que temos falhas de comunicação, que temos de usar o sistemas de backup. Na verdade ter uma falha de sistema de comnicacão e de imagem, foi o primeiro exemplo, mas neste último fim de semana houve um episódio igual, e resolvido da mesma forma. São telemóveis ligados ao sistema. Cada zona de revisão tem um telefone ligado ao suistena VAR, e na Cidade do Futebol são três. Não são telefones dos árbitros, estão alocados ao sistema», explica o dirigente.

«O protocolo também é claro: o árbitro pode sempre mudar a decisão, com base na opinião do VAR. Como pode mudar com a opinião de um assistente», acrescenta João Ferreira. «O que interessa é que a decisão final foi corrigida para bem», conclui.