Destaques do Sporting: sair das costas do capitão para as asas de Catamo
Hjulmand esteve em todas, principalmente na primeira parte (GrafisLab)

Gil Vicente-Sporting, 0-0 Destaques do Sporting: sair das costas do capitão para as asas de Catamo

NACIONAL22.12.202423:38

Dinamarquês foi autêntico todo-o-terreno na primeira parte: recuperou, roubou, defendeu, organizou, atacou… Depois a equipa apanhou boleia do moçambicano para chegar-se mais à frente e tentar marcar

A figura: Hjulmand (nota 6)

Um verdadeiro capitão na real aceção da palavra. A dar o exemplo de como remar contra as contrariedades, perderam-se as contas de quantas recuperações fez. O dinamarquês defendeu, organizou, distribuiu, roubou e atacou, teve ação preponderante, especialmente na primeira parte, em que, literalmente, carregou a equipa às costas. Cortou muitas linhas de passe, sofreu algumas faltas, caiu, mas de imediato se levantava, como que a puxar pelas duas tropas. Correu muito, ajudou João Simões a ocupar melhor o espaço que lhe competia, bateu palmas quando o teve de fazer. Desempenhou o seu papel com distinção, mas isso não evitou que tivesse terminado o jogo com semblante carregado, mesmo quando agradeceu o apoio do público, afinal, ficaram dois pontos para trás...

Franco Israel (5) — Três intervenções: aos 26’ amarrou a bola contra o peito após remate de Santi García; aos 49’, seguro a ir ao encontro do esférico, a responder a cruzamento de Zé Carlos e aos 90+4' Félix Correia cruzou pela direita e a uruguaio desviou.

Eduardo Quaresma (5) — Fisicamente não está a cem por isso, por isso só jogou os primeiros 45 minutos, cumpriu, sem brilhantismos.

Diomande (5) — Regressou ao eixo da defesa, depois de ter ficado no banco no jogo da Taça de Portugal, com o Santa Clara. Controlou o seu metro quadrado, semore de cabeça levantada e em comunicação com os parceiros.

Debast (6) — Foi o elo mais forte da defesa. Seguro a tapar o flanco, voltou a mostrar a sua qualidade de passe na profundidade. Aos 44’ Mboula surgiu na área, caiu e pediu penálti, mas o corte dodo belga foi limpo. Na segunda parte virou à direita e cumpriu. Ainda lançou Gyokeres (51'), mas Andrew antecipou-se ao sueco. Esteve no lance do penálti revertido, após excelente combinação com Catamo, em que conseguiu entrar na área.

Quenda (5) — Regressou ao corredor direito, mas não foi, de todo, o seu jogo mais cintilante, nem se viram as suas típicas arrancadas. De realçar, asos 42', bom cruzamento para Gyokeres na área, que apenas penteou a bola ao primeiro poste.

João Simões (5) — Quarto jogo consecutivo a titular, com 17 anos. Joga na raça, com grande área de abrangência no terreno, nunca vira a cara à bola, dando luta ao fim. Zé Carlos deu-lhe algum trabalho, mas não levou a melhor.

Maxi Araújo (4) — As decisões com bola não foram as melhores. Aos 35’ escorregou quando se preparava para cruzar; aos 76’ tentou um cruzamento, mas falhou o passe e o lance passou ao lado da baliza de Andrew.

Trincão (5) — Não está tão 'morto' como Frederico Varandas disse. É certo que os 2226 minutos que soma nas pernas já pesam (é o jogador mais utilizado do plantel), deu ar da sua graça. Destaque-se o remate, aos 82’, que Andrew travou.

Gyokeres (5) — Mory Gbane não o deixou respirar, parecia que tinha cola. Ainda assim, aos 10' conseguiu cabecear , contra Gbane; aos 18’ foi à linha e, num movimento interior, rematou em arco, com a bola a sair ao lado da baliza; 42’, de cabeça, penteou o esférico ao primeiro poste, Andrew tinha o lance controlado; aos 47' teve uma segunda bola para finalizar, mas o remate saiu curto e contra o corpo de Zé Carlos. A segunda parte foi menos produtiva no ataque, mas deu uma ajudinha na defesa.

Harder (5) — A ação corporal, quase que um bailado, leva-o a ganhar muitas vezes na antecipação. Aos 67’ protagonizou lance mais vistoso do jogo ao cabecear, no enquandramento do guarda-redes, que voou para sacudir a bola por cima do travessão. Após enorme esforço, aos 75', 'sacou' cruzamento para a área, mas não apareceu ninguém para finalizar.

Matheus Reis (5) — Jogou toda a segunda parte, ocupando-se do lado esquerdo da defesa. Aos 56’ viu cartão amarelo após falta sobre Zé Carlos, mas não ficou condicionado, cumpriu a sua missão na condução de bola a entregar a Maxi Araújo. Aos 59' ficou agarradao ao joelho esquerdo, após choque com Gbane, mas foi apenas um susto (o departamento clínico do leões já tem bastantes clientes).

Catamo (6) — Lançado aos 68', integrou-se bem no jogo, dando mais desenvoltura ao lado direito, criou lances de perigo, revolucionando o jogo ofensivo dos leões. Aos 71', rematou ao primeiro poste, mas Andrew travou o lance; ais 75', teve boa arrancada na direita, entrou na área e ganhou canto, o último remate do jogo foi seu, um livre, com a bola a subir em demasia.

Mauro Couto (—) — Recebeu uma boa bola enviada por Trincão, aos 90+1', mesmo ao jeito do seu pé esquerdo, tentou rematar de primeira, mas não acertou na bola.