«Não são os resultados que ditam o nosso caminho»
Daniel Sousa espera regressar aos triunfos. Foto: Gil Vicente

«Não são os resultados que ditam o nosso caminho»

NACIONAL17.02.202414:58

Daniel Sousa fez a antevisão do jogo contra o Casa Pia

Embalado pelo recorde de quatro vitórias consecutivas na Liga – a mais recente no inédito triunfo caseiro sobre o FC Porto [3-2] -, o Arouca tem, este domingo (15h30), frente ao Casa Pia, novo teste à linha ascendente encetada desde que, há dez jornadas, Daniel Sousa assumiu o comando da equipa. 

Dificuldades do jogo

«Já passei à equipa a mensagem de que este vai ser um dos jogos mais difíceis que vamos ter no campeonato. Por vários motivos. Porque o Casa Pia é uma boa equipa, tem bons jogadores e apresenta boas dinâmicas, apesar da infelicidade que teve em alguns resultados. As alterações em termos da estrutura da equipa técnica também mexem com o estado anímico da equipa e, por tudo isso, prevejo um jogo difícil.»

Momento do Arouca

«Temos muita coisa para melhorar. Os resultados têm sido acompanhados por boas exibições, mas continuamos a avaliar o nosso caminho e a nossa progressão, procurando perceber por onde temos de evoluir. É para isso que trabalhamos semanalmente. Não são os resultados que ditam o nosso caminho, mas os comportamentos. Vencemos o FC Porto, mas os nossos comportamentos e a nossa semana de trabalho mantiveram-se iguais.»

Tranquilidade na Liga

«A série de resultados menos positivos por que passei no Gil Vicente [na época anterior] e no Arouca - nos jogos com Benfica, Vizela e Vitória de Guimarães - tem de ser contextualizada.  O que interessa é o que foram os jogos e o não os resultados em si. O importante é o caminho que estamos a fazer. A realidade é que o Arouca está a sete pontos do 6º classificado, o Moreirense, mas está a oito pontos do 16º classificado, o Casa Pia. Nesta Liga competitiva é tudo muito volátil.»

Estratégia da equipa

«O que é relevante é a equipa saber ajustar-se àquilo que o jogo pede. Eu não chego ao balneário e digo: “hoje vamos ter bola”, ou “hoje vamos jogar num bloco baixo”. Não é assim que as coisas funcionam. Essa não é a minha mensagem, mas obviamente que um jogo pode pedir isso. Importante é o crescimento da equipa, apraz-me ver os jogadores terem capacidade para responder ao que o jogo exige. O jogo é dos jogadores e não do treinador, eles é que são os intérpretes.»

Armada espanhola

«Referir a armada espanhola tem alguma lógica, porque há um envolvimento grande desses jogadores, mas há um trabalho coletivo por trás. Há um Esgaio que faz um trabalho brutal à esquerda ou à direita; um Milo [Milovanov] que entra pelo Esgaio e faz um trabalho também irrepreensível; um Robson que entra na equipa e parece que joga aqui há algum tempo; o [David] Simão que tem um nível que todos conhecem, que dá respostas sucessivas que com bola, quer sem bola; o Eboué, que é um elemento importante, sai lesionado, o Pedro [Santos) entra e dá uma resposta fortíssima; o Sylla não faz parte da armada espanhola só porque não fala espanhol, mas a publicidade à armada espanhola devia incluir o Sylla, porque a qualidade também está lá… Se for por aqui, na análise individual, eu teria de salientar todos os jogadores do plantel. O jogo é muito coletivo.»

Para a deslocação ao Estádio Municipal de Rio Maior, Daniel Sousa está privado apenas dos lesionados Quaresma, Kouassi e Vitinho.