«Não posso pensar mais em recordes ou dou em maluco»

Manchester City «Não posso pensar mais em recordes ou dou em maluco»

INTERNACIONAL04.05.202300:04

O avançado internacional norueguês Erling Haaland, de 22 anos, que na noite desta quarta-feira apontou o segundo dos três tentos com que o Man. City venceu o West Ham (3-0) , em jogo em atraso da 28.ª jornada da Premier League, e chegou ao recorde absoluto de 35 golos na prova – superando os 34 que Alan Shearer e Andy Cole haviam assinado – não cabia em si de contente pela proeza e feito histórico que protagonizou, e que teve apogeu na ‘guarda de honra’ (corredor de ‘carolos’) feito pelos companheiros de equipa no final do encontro, disputado no Etihad Stadium, em Manchester (Inglaterra).

«É uma noite especial e um momento especial. Estou realmente feliz e orgulhoso. Nem sei que mais vos diga. Estava ciente da possibilidade do recorde, claro, mas tentámos criar ocasiões de golo para marcar e não estava a ser fácil, pois o West Ham defendeu-se bem. Debatemo-nos na primeira parte, mas acabámos por conseguir chegar aos golos», afirmou, no final, o novo recordista de golos de sempre da Premier League numa só temporada, o norueguês Erling Haaland, de 22 anos, à Sky Sports.

«Falei com Jack [Grealish] antes do jogo e ele disse-me que queria ser ele a assistir para o meu recorde. Foi um palpite certeiro. Não pensei nisso na altura, a bola estava à minha frente… e marquei. A guarda de honra, no final? Nunca tinha vista uma antes. Mas lá que foi uma boa sensação marcar, foi, acreditem. É sempre, quando marcamos. Mas doeram-me algumas das palmadas que me deram nas costas, naquele corredor», revelou, bem-disposto, o ponta-de-lança que vai com 35 golos na Premier League e 51 pelos ‘citizens’ no somatório de todas as competições na temporada.

«Agora é dormir, acordar e no sábado tentar somar mais três pontos diante do Leeds. Não vai ser fácil, pois têm um novo treinador [Sam Allardyce]», sublinhou Haaland, confrontado com o recorde de Dixie Dean, que em 1927/28 apontou… 60 golos em 39 jogos na First Division, e um total de 65 golos em todas as competições pelo Everton, que naturalmente se sagrou campeão inglês nessa época, muitas décadas antes da competição se designar Premier League.

«Não penso nisso [recorde de Dixie Dean] agora. Não posso continuar a pensar em recordes, ou dou em maluco. Vou para casa, descontrair com uns jogos de vídeo, comer e depois dormir. Qunta-feira, já tenho de estar a pensar no Leeds», disse Haaland, sem querer revelar o jogo de consola do qual é fã: «Não posso mencionar, seria embaraçoso para mim».

Do que não tem dúvidas é de que trocaria todos os golos pelo ‘triplete’: vitória na Premier League, na FA Cup (Taça de Inglaterra) e na Champions League, o que está ao alcance.

«Claro que trocava! Os títulos são o mais importante. Todos sabem da importância das outras provas, mas não podemos dispersar o nosso foco agora na FA Cup [final a 3 de junho, em Wembley, ante o Man. United]. Temos de pensar no Leeds. Qualquer um dos possíveis nove jogos que podemos ter até final da época é como se fosse uma final da taça», concluiu o ponta-de-lança norueguês.