Sporting «Não irei facilitar, temos de continuar na Europa»
Rúben Amorim nem sequer coloca a hipótese de o Sporting ser eliminado pelo Midtjylland e ficar fora da Liga Europa. O treinador do Sporting não tem problemas em assumir essa pressão, realçando que a equipa tem de fazer melhor do que fez no encontro da primeira mão (empate a um golo em Alvalade).
«Não podemos pensar apenas que é vencer por vencer, obviamente que os resultados é que ditam o futuro das equipas, neste caso da eliminatória, mas temos de fazer mais que isso: temos de jogar melhor», começou por dizer o treinador da equipa leonina, que diz ter estudado, para o efeito, o adversário: «Olhámos para o que fizemos, os posicionamentos que tiveram, como nos marcaram e como bloquearam os nossos jogadores. Sobre o jogo deles vimos o Isaksson, que é um jogador que desequilibra, fez três golos. É muito forte na transição. Temos de ter a bola, sem ansiedade, ter muita atenção às bolas paradas, que serão determinantes. Basicamente, temos de jogar melhor. Dessa forma estaremos mais perto de vencer.»
Questionado sobre a pressão existente no grupo de trabalho, face às palavras de Pedro Gonçalves após o jogo com o Chaves, Rúben Amorim referiu: «É bom que sintam isso, que sintam essa urgência de vencer o jogo. Motivá-los é fácil, ainda hoje lhes disse que não queiram ter semanas limpas comigo sem futebol europeu. Não irei facilitar. Temos um projeto a longo prazo, em que temos um plano com eles que não acaba aqui. É importante que sintam isso. Temos de continuar na Europa, porque precisamos dessa experiência, porque precisamos de ganhar jogos e a época não tem sido aquilo que queremos e temos de fazer melhor. Temos essa obrigação. Gosto das palavras do Pote, mas não quero que isso se traduza em chegar ao jogo e seja transformado em ansiedade.»
Para o treinador, o objetivo continua bem definido: «Fazer uma sequência [de vitórias] maior do que temos feito, aparece sempre qualquer coisa. Temos conseguido algumas vitórias, mas aparece sempre alguma pancada que nos leva um pouco para baixo. O desenrolar da época leva-nos a desconfiar quando algo não corre bem. O último jogo mostrou isso. Entrámos bem, mas ao perdermos a bola em zona de construção criámos alguma ansiedade na equipa. Os jogadores devem ser inteligentes, perceber que o futebol, além dos resultados, depende de um contexto. Em Chaves estivemos a um passo de chegar ao 4-1 e passou para 3-2. Foi em cima da hora, porque se houvesse mais três minutos seria muito complicado. Temos de acabar os jogos, fechar os resultados, estarmos concentrados até ao último minuto, principalmente quando estamos neste contexto, em que não conseguimos ter uma sequência de vitórias.»