Mota queixa-se da compensação: «Temos de ser todos tratados por igual»
Treinador do Farense diz que a derrota em Moreira de Cónegos deixa-lhe um sabor amargo
José Mota, treinador do Farense, reconhece que a derrota, no reduto do Moreirense, deixa-lhe um sabor amargo, por entender que o adversário não foi suficiente. Para além disso deixa críticas à equipa de arbitragem:
«Entrámos melhor no jogo, jogámos mais no meio-campo adversário e estávamos a ser melhor equipa. Foi o fator deslumbramento e deixamos o desequilíbrio nas costas. Fez um golo numa zona proibida. O Moreirense protegeu esse golo, sempre num bloco muito compacto e sabia que íamos ter dificuldades de penetrar no sistema defensivo do Moreirense.»
«Na segunda parte já sabíamos o que íamos encontrar. O jogo andou ali enredado, sem nenhuma das equipas criar perigo. Não tivemos qualidade suficiente para conseguir situações de golo. Obrigámos o adversário fechar-se na zona defensiva. É um jogo que me deixa amargo porque acho que o Moreirense não foi superior. O 0-0 era o mais justo.»
«Não houve deslumbramento por ganhar ao Braga. A semana toda disse que os três pontos em Moreira de Cónegos valiam mais do que o triunfo ao Braga. Temos perdido os jogos fora por um golo, em jogos onde o adversário não foi superior a nós. Temos de entender que temos capacidade para ter mais pontos.»
«A diferença aqui é que, para atacar, é preciso mais qualquer coisa. Nem os grandes têm às vezes, quanto mais equipas como o Farense ou o Moreirense. É muito difícil marcar contra equipas que estão em bloco baixo porque treinamos muito o sistema defensivo. Quando se está em vantagem, temos de segurar a vantagem.»
«No final do jogo fui falar com o árbitro e disse que não aceitava o tempo de descontos dados por ele. Deu seis minutos e nos descontos houve uma substituição e uma assistência. Perdi um jogo nos descontos em que houve muito mais tempo. Isto é igual para todos ou não? Somos todos da I Liga e temos de ser todos tratados por igual».