Morita e Taremi entre as estrelas do Oriente
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Taça Asiática Morita e Taremi entre as estrelas do Oriente

INTERNACIONAL12.01.202409:00

Começa esta sexta-feira a Taça Asiática no Catar: japonês do Sporting é um dos mais fortes candidatos ao título; iraniano do FC Porto joga... o futuro

Arranca esta sexta-feira no Catar a 18.ª Taça Asiática, competição que, de quatro em quatro anos, junta as principais estrelas do enorme continente. Adiada desde o último verão, devido às elevadas temperaturas no Médio Oriente e à participação do país anfitrião na Gold Cup, a edição 2023 começa, assim, só em janeiro de 2024, em plena época na Europa, o que muito incomoda alguns clubes, obrigados a ceder estrelas às respetivas seleções durante cerca de um mês.

É o caso de Morita, do Sporting e do Japão, e de Taremi, do FC Porto, figura maior do Irão e que vê nesta competição a oportunidade de brilhar e... definir o seu futuro, quiçá longe do Dragão. 

Temos expectativas muito altas. Espero conseguir conquistar a taça

É ainda o caso de Osama Rashid, iraquiano do Vizela e de muitas outras pérolas do futebol oriental, como os japoneses Kubo (Real Sociedad), Mitoma (Brighton), Tomiyasu (Arsenal) ou Endo (Liverpool); os sul-coreanos Min-jae Kim (Bayern) e Heung-min Son (Tottenham); os iranianos Sardar Azmoun (Roma) e Alireza (Feyenoord); ou o australiano Harry Souttar (Leicester). 

Nas restantes seleções, o problema pouco se coloca pois quase todos os eleitos jogam nas ligas asiáticas, interrompidas durante a Asian_Cup.

Japão é o principal favorito

Quatro vezes campeão continental, o Japão é o principal favorito na busca de resgatar um título que lhe foge há 12 anos — e que voltou a deixar escapar em 2011, perdendo a final para o Catar. Morita, ontem porta-voz do grupo nipónico, falou do sonho de voltar a erguer o troféu: «Temos expectativas muito altas. Espero conseguir conquistar a taça. Se serei titular? Independentemente de quem jogar, quero estar em boas condições. É impossível ser perfeito no primeiro jogo, mas treinarei no máximo para ter boa ligação com eles [Endo, do Liverpool, e Sano, do Kashima, que formam com Morita o trio de meio-campo]

Foto UAEFA

Duas seleções estreantes e... Paulo Bento

Na luta pelo mais desejado troféu da Ásia estarão 24 equipas nacionais, entre as quais duas em estreia na fase final —Tajiquistão e Hong Kong — e uma orientada por um treinador português já habituado a estas andanças: Paulo_Bento, selecionador dos Emirados Árabes Unidos (EAU) e que, na edição anterior, em 2019, conduziu até aos quartos de final a Coreia do Sul, caindo diante do Catar (0-1), equipa que acabaria por sagrar-se campeã asiática.

O drama da Palestina

Seleção que tem despertado interesse dos media é a da Palestina, do grupo dos EAU, de Bento. Alguns jogadores já perderam familiares nos violentos bombardeamentos de Israel em Gaza e, como explica o selecionador Makram Daboub, «o futebol deixou de ter» relevância: «Os jogadores estão, naturalmente, o tempo todo colados aos tablets ou telemóveis em busca de notícias, antes e depois dos treinos.» A Palestina estreia-se domingo frente ao Irão

Antes, já hoje, às 16 horas portuguesas, tem lugar o jogo inaugural da Taça Asiática-2023, entre o anfitrião Catar e o Líbano.