Paris Saint-Germain Messi recusa voltar ao Barcelona e explica mudança para os Estados Unidos!
Em grande entrevista concedida ao jornal espanhol Mundo Deportivo, esta quarta-feira, Lionel Messi confirmou a mudança para o Inter Miami (EUA) e recusou a possibilidade de voltar ao Barcelona.
Eis alguns excertos, os mais importantes, da entrevista em questão:
- E sobre a possibilidade de voltar, já tomou uma decisão?
- Sim, a verdade é que obviamente queria muito poder voltar, mas, por outro lado, depois de ter vivido o que vivi e a saída que tive, não queria estar na mesma situação novamente, esperei para ver o que aconteceria e deixei o meu futuro nas mãos de outra pessoa, por assim dizer. Queria tomar a minha própria decisão, pensando em mim, na minha família. Apesar de ter ouvido falar que a La Liga tinha aceitado tudo e que estava tudo bem para voltar, ainda havia muitas outras coisas que precisavam ser feitas. Ouvi dizer que tinham de vender jogadores ou baixar os salários dos jogadores e a verdade é que não queria passar por isso, nem ser acusado de algo que tivesse a ver com tudo isso. Já fui acusado de muitas coisas que não eram verdade na minha carreira no Barcelona e estava um pouco cansado, não queria passar por tudo aquilo. E na hora que tive que sair, a La Liga aceitou que me contratassem e no final não deu. Estava com medo que a mesma coisa acontecesse novamente e tivesse que andar na tourada como aconteceu, que tivesse que vir para Paris para ficar muito tempo num hotel com a minha família, com os meus filhos a irem para a escola e ainda no hotel. Queria tomar a minha própria decisão e, por tudo isso não recorri ao Barça. Embora tivesse adorado, não podia. Também estou num momento em que quero sair um pouco do centro das atenções e pensar mais na minha família. Passei dois anos muito difíceis a nível familiar e não gostei. Tive o mês que foi espetacular para mim por ter vencido o Mundial, mas, tirando isso, foi uma etapa difícil. Quero reencontrar a alegria e a felicidade com a minha família, os meus filhos, dia após dia. Por tudo isso, a decisão não passou pelo Barcelona.
- De todos os motivos, qual pesou mais?
- Tomar a minha própria decisão e não ter de esperar de novo e que pudesse acontecer o mesmo que já aconteceu. Como disse, após ter conseguido tudo, graças a Deus, e de, finalmente, ter conquistado o Mundial, que tanto desejava, também queria buscar outra coisa e um pouco de tranquilidade.
- Acha que o Barcelona fez de tudo para contratá-lo?
- Bom, não sei. É um problema deles. Honestamente, não sei se fizeram tudo ou não. Agora, eles [Barcelona] tinham, pelo que se diz, obtido a permissão da La Liga para poder fazer isso. Mas não foi só isso. Faltavam muitas coisas. O clube, hoje, não tinha condições de confirmar 100 por cento que eu poderia voltar. E é compreensível, pela situação que o clube atravessa. Foi assim que vivi tudo isto.
- Até que ponto a questão económica foi importante na sua decisão? Chegou-se a comentar que jogaria de graça pelo Barcelona. É verdade?
- A verdade é que esse aspeto nunca foi um problema ou obstáculo para mim. Nem chegámos a falar sobre o contrato. Uma proposta foi descartada, mas nunca uma proposta formal, escrita, assinada, porque ainda não havia nada e não sabíamos se ia ser possível ou não. Havia a intenção, mas não podíamos adiantar nada, nem falávamos formalmente sobre dinheiro. Se fosse por dinheiro, teria ido para a Arábia ou outro lugar. Parecia-me muito dinheiro e a verdade é que a minha decisão [Inter Miami] foi por outras razões e não pelo dinheiro.
- Sobre o presidente Laporta e Xavi: eles contactaram-no? Houve diálogo durante todo esse processo?
- Na verdade, com o presidente Laporta falei muito pouco, uma ou duas vezes no máximo. Tenho muita comunicação com o Xavi e falámos sobre a possibilidade de eu voltar. Ficamos muito empolgados, porque, quando saía alguma coisa [na Comunicação Social], falávamos se ele realmente queria que eu voltasse, se seria bom para a equipa, para ele e mantivemos a comunicação.