Menino Roger derrete o gelo e faz da Pedreira uma... sauna (crónica)
Esquerdino chamou a si o protagonismo e guiou os arsenalistas à vitória diante dos amadorenses. (Foto: Hugo Delgado/Lusa)

SC Braga-E. Amadora, 3-0 Menino Roger derrete o gelo e faz da Pedreira uma... sauna (crónica)

NACIONAL02.03.202423:54

Extremo voltou a fazer uso da sua irreverência: assistiu e marcou; Banza e Bruma também faturaram; organização tricolor desmoronou-se

Vitória indiscutível, mas por números exagerados. O SC Braga foi a melhor equipa, mas esteve longe de exibições de grande nível que já realizou esta temporada.

A noite de inverno que se fez sentir no Minho como que congelou as ideias dos arsenalistas no último terço e Borja, apercebendo-se das dificuldades de penetração na defensiva contrária, ia tentando desbloquear o nulo através de remates de meia-distância. Sempre sem sucesso.

Pelo meio, Roger começou a demonstrar que iria ficar diretamente ligado à história do jogo, mas nas primeiras ameaças viu Bruno Brígido negar-lhe os intentos. Mas o gelo iria derreter…

Léo Jabá e Ronaldo Tavares fizeram prova de vida dos tricolores na primeira metade, mas também eles tiveram a mira desafinada e não incomodaram Matheus.

O nulo ao intervalo castigava a menor clareza dos bracarenses na zona das decisões e premiava a organização defensiva dos lisboetas. Mas tudo mudou. Rapidamente e com… televisão à mistura.

O início da etapa complementar ficou marcado por um lance entre Kialonda Gaspar e Vítor Carvalho, na grande área dos minhotos, com o defesa-central angolano a pedir mão do médio brasileiro. Depois de alguns minutos a ver as imagens, Hélder Malheiro mandou jogar. Um lance que gerou muitos protestos dos responsáveis do Estrela.

Poucos minutos depois… mais televisão. Roger Fernandes cruzou da esquerda e Simon Banza caiu na área após disputa com Pedro Mendes. O juiz voltou a socorrer-se das imagens e validou a decisão: penálti para o SC Braga.

Na conversão, o inevitável Simon Banza (já é o melhor marcador da Liga, agora com 18 golos) não perdoou e abriu o ativo.

Esses momentos perturbaram o estado anímico da formação orientada por Sérgio Vieira e, a partir daí, a pressão dos guerreiros do Minho foi ainda maior e mais profícua. Porque o menino Roger derreteu o gelo e fez da Pedreira uma autêntica sauna. Já depois de ter tido influência direta no primeiro golo, o jovem extremo (que segundos antes atirara ao poste) fuzilou Bruno Brígido e fechou o marcador – pelo meio, Bruma, após assistência de Rodrigo Zalazar, também fez o gosto ao pé.

Em plantel de consagrados, foi o menino que reinou. Artur Jorge e os adeptos agradecem.