Manuel Fernandes a representar o Benfica na sua última temporada em Portugal
Manuel Fernandes a representar o Benfica na sua última temporada em Portugal, 2005/06 (Foto: Grafislab)

Manuel Fernandes recorda Benfica: «Sentimento sempre se manteve»

NACIONAL20.03.202516:28

Ex-internacional português recordou os três anos em que esteve na equipa principal das águias e admitiu que se arrepende de não ter ficado mais tempo no clube de formação

Manuel Fernandes, antigo internacional português e reformado do futebol profissional desde 2022/23, recordou os três anos em que esteve na equipa principal do Benfica, o seu clube de formação, numa altura em que o clube voltou a ganhar títulos.

Entre 1994/95 e 2003/04, as águias não venceram qualquer campeonato e essa seca de 10 anos terminou em 2004/05, com a presença do ex-jogador de 39 anos na equipa A. Os encarnados ficaram três pontos à frente do FC Porto e quatro do Sporting.

«O Benfica, como clube, como estrutura, estava pouco habituado e havia um bocado de ansiedade. Vinha já de muitos anos com dificuldade em competir, na realidade», começou por dizer, em entrevista ao vídeocast Pre-Bet Show, falando sobre o impacto de José Antonio Camacho, que levou o clube à conquista da Taça de Portugal, em 2003/04.

Manuel Fernandes a falar com o treinador José Antonio Camacho, no Benfica (Grafislab)

«Acima de tudo, até na forma de competir, eu penso que foi superimportante. Era difícil. Ele teve uma tarefa difícil, porque apanha, na altura, o FC Porto do Mourinho. Ganhámos uma Taça ao FC Porto e passados uns dias eles ganham a Liga dos Campeões. Eram muito regulares, muito constantes e acho que o Mister Camacho, nessa altura, conseguiu trazer a competitividade e reduzir um bocado o... não vou dizer medo, mas o receio de querer competir», explicou.

Questionado sobre se saiu do Benfica com o sentimento de missão cumprida, a resposta foi, de certa forma, negativa, apesar de ter conquistado um troféu em cada ano e representado clubes como Valência, Everton e Besiktas: «Para ter a sensação de ter cumprido ou ter feito o máximo, deveria ter jogado mais tempo no Benfica. É dessa forma que eu olho para essa situação.»

«Significa imenso. Eu tenho noção de que se tivesse continuado no Benfica teria feito imensos jogos. Por várias circunstâncias acabou por não acontecer, mas o sentimento sempre se manteve. Eu não teria sido jogador profissional sem a ajuda do Benfica», garantiu.