Maestro Holsgrove liderou orquestra que não se assustou com a tempestade
Holsgrove esteve em destaque na vitória do Estoril sobre o Arouca (Miguel Nunes)

Estoril-Arouca, 4-1 Maestro Holsgrove liderou orquestra que não se assustou com a tempestade

Médio escocês marcou um golo e fez uma assistência; os destaques dos canarinhos

Jordan Holsgrove (7)

Um golaço e uma assistência a coroar a exibição de um médio que parece sempre que pode dar mais. Porque qualidade não lhe falta. Talvez um pouco mais de vontade, como a que demonstrou diante do Arouca, seja ingrediente suficiente para ajudar a levar esta equipa do Estoril para outros patamares. Foi maestro numa orquestra que afinou num momento delicado.

Fabrício foi o primeiro a mostrar vontade de remar contra o ciclo negativo do conjunto estorilista, com dois lances tirados a papel químico aos quais só faltou alguém para empurrar a bola para a baliza.

Mas se o extremo indicou o caminho, foi Pedro Amaral quem mostrou como se fazia: duas subidas do lateral pelo corredor esquerdo valeram-lhe duas assistências para os golos de Marqués e Wagner Pina.

No primeiro há também muito mérito no critério colocado por Holsgrove – uma constante ao longo de toda a partida! – no segundo foi Marqués quem conduziu e soltou no momento certo para o cruzamento do lateral de 27 anos.

O avançado venezuelano celebrou o regresso aos golos com uma exibição que foi muito mais do que o gesto meio atabalhoado com que fez o empate, entendendo-se muito bem com João Carvalho, que também mostrou, após um período lesionado, que será reforço importante para uma equipa a precisar de criatividade e critério.

Na baliza, Robles esteve em bom plano e nem foi só pelo penálti defendido à entrada dos últimos 10 minutos de jogo. A atenção e a boa boa colocação na baliza valeram pontos!

Notas dos jogadores: Joel Robles (7); Wagner Pina (6), Pedro Álvaro (6), Boma (5) e Pedro Amaral (6); Zanocelo (6), Holsgrove (7) e Jandro (6); João Carvalho (6), Marqués (7) e Fabrício (6); Michel (5), Begraoui (5), Gonçalo Costa (-) e Salazar (-)