Luís Freire e Filipe Martins voltam a ser treinadores-adjuntos

Liga Luís Freire e Filipe Martins voltam a ser treinadores-adjuntos

NACIONAL28.04.202322:00

Luís Freire, do Rio Ave, e Filipe Martins, do Casa Pia, voltam à condição de treinadores-adjuntos nas fichas de jogos da Liga, uma posição assumida em comunicado pelo Rio Ave, mas que se aplica também aos gansos até final da temporada, pelo menos até os dois treinadores tiraram o curso UEFA-PRO (IV nível), no próximo dia 8 de maio.

O caso, singular, na medida em que clubes, Liga e Associação Nacional de Treinadores de Futebol aprovaram no início da época alteração aos regulamentos que permitia um regime de exceção para os casos de Luís Freire e Filipe Martins, como, de resto, explica o Rio Ave em comunicado:

«No início da presente temporada desportiva, os Clubes, em conjunto com a Liga Portugal e Associação Nacional de Treinadores de Futebol, aprovaram uma alteração ao Regulamento de Competições. Essa alteração regulamentou que, no caso das equipas que fossem promovidas à Primeira Liga portuguesa, e caso os seus treinadores se mantivessem a treinar a equipa promovida, seria suficiente que os mesmos tivessem na época desportiva subsequente à da promoção, a habilitação UEFA-Advanced (Grau III).»

Ora, no processo de licenciamento para as provas europeias, a UEFA não reconheceu essa alteração, na medida em que não terá sido informada do regime de exceção aplicado em Portugal. Neste sentido, o Rio Ave teve de inscrever na UEFA um treinador com nível IV, no caso, Vítor Vinha, treinador-adjunto principal de Luís Freire.

O Casa Pia também inscreveu outro nome junto da UEFA, que, de acordo com o que apurou A BOLA, é Miguel Quaresma, antigo coordenador da formação do Sporting, algo que, de resto, já foi oficializado pela Liga.

A partir do momento em que o Rio Ave e Casa Pia assumiram junto da UEFA os nomes de Vítor Vinha e Miguel Quaresma como treinadores principais, a Liga teve, necessariamente, de se alinhar com a entidade europeia, assumindo igualmente aqueles técnicos como sendo, a partir de agora, os principais, com o curso de IV nível exigido pela UEFA.

Parece só um detalhe, mas ao não serem considerados treinadores ‘oficiais’ das respetivas equipas, Luís Freire e Filipe Martins não podem ter o mesmo raio de ação no banco de suplentes, designadamente, levantarem-se com a frequência que desejam para dar indicações à equipa. Não poderão, também, falar no final dos jogos na zona de entrevista rápidas da televisão responsável pela transmissão dos jogos, mas podem fazê-lo na sala de conferências de Imprensa.

O comunicado do Rio Ave:

«No início da presente temporada desportiva, os Clubes, em conjunto com a Liga Portugal e Associação Nacional de Treinadores de Futebol, aprovaram uma alteração ao Regulamento de Competições. Essa alteração regulamentou que, no caso das equipas que fossem promovidas à Primeira Liga portuguesa, e caso os seus treinadores se mantivessem a treinar a equipa promovida, seria suficiente que os mesmos tivessem na época desportiva subsequente à da promoção, a habilitação UEFA-Advanced (Grau III).

Sucede que, no âmbito do procedimento de licenciamento UEFA dos Clubes, constatou-se que a UEFA não alterou os seus regulamentos, de forma a contemplar a exceção aprovada em Portugal.

Assim, uma vez que a FPF apenas iniciará o curso UEFA-PRO (IV nível), no próximo dia 8 de Maio, e por forma a que os Clubes possam ir de encontro ao licenciamento UEFA, os mesmos não poderão continuar a ter os seus treinadores principais, nas condições previstas em Portugal, a exercerem funções como tal, razão pela qual, nos restantes jogos da Primeira Liga portuguesa, Luís Freire não poderá ser indicado, pelo Rio Ave FC, enquanto treinador principal.

Esta situação em nada belisca os nossos objectivos e o nosso trabalho, bem como a imagem do Rio Ave FC e do futebol português, tratando-se apenas de garantir pressupostos regulamentares, que nos ultrapassam.»