Lobos colocaram-se a jeito do (literal) castigo máximo (crónica)
Gustavo Assunção, de penálti, deu o empate aos avenses, depois do tento inaugural de Jason. (Foto: Paulo Novais/LUSA)

Arouca-Aves SAD, 1-1 Lobos colocaram-se a jeito do (literal) castigo máximo (crónica)

Arouquenses foram (muito) melhores na primeira parte e ao intervalo podiam estar ainda mais confortáveis. Avenses estiveram por cima na segunda metade e mereceram o empate, que chegou de penálti

Quem não mata… morre. O ditado é velho e resume bem o que aconteceu na Serra da Freita. O Arouca realizou uma excelente primeira parte – do melhor que se viu na presente temporada… - e a vantagem ao intervalo era (demasiado) magra para tamanho caudal ofensivo.

Quando Jason Remeseiro, à meia hora, encontrou (finalmente) o caminho das redes da baliza de Guillermo Ochoa, já o próprio Jason tinha ameaçado (11’), com um remate cruzado que saiu a rasar o poste direito, na sequência de um cruzamento da esquerda de Amadou Danté. Depois disso, e até ao tento inaugural, David Simão (num tiro de meia distância, por cima) e Morlaye Sylla (com um remate frontal que testou a atenção do internacional mexicano) também ameaçaram festejar, pelo que o golo do avançado espanhol colocou (total) justiça no marcador.

E a avalanche dos lobos era tal que apenas dois minutos depois o uivo podia ter sido ainda mais intenso: cruzamento da direita de Jason Remeseiro e Ivo Rodrigues, junto à marca de penálti, cabeceou com convicção, levando a bola a tirar tinta ao poste. Até ao descanso, apenas Jorge Teixeira teve capacidade para dar sinal de vida dos avenses, mas o defesa-central, com tudo para empatar, na sequência de uma rosca de Popovic, atirou por cima do travessão da baliza de Nico Mantl.

Não sabemos se o discurso de Vítor Campelos foi mais ou menos incisivo durante o descanso, mas a certeza que temos é que… resultou. Quase em pleno.

Os avenses regressaram para a etapa complementar com uma nova face, sendo uma equipa mais compacta, mais pressionante e com capacidade para ligar o jogo entre setores (algo raramente visto nos primeiros 45 minutos), chegando ao (merecido) empate aos 77 minutos: José Fontán fez penálti sobre Zé Luís e Gustavo Assunção, da marca dos 11 metros, não perdoou.

Estava consumado o castigo máximo para os arouquenses. Que, contas feitas, até podem dar-se por contentes: pouco depois, Zé Luís e Vasco Lopes, no mesmo lance, ameaçam a reviravolta.