José Faria dá a receita para surpreender Sporting: «A força do coletivo é o que faz ter sucesso»
O plantel do Estrela da Amadora celebra a obtenção de um golo em jogo pela Liga de futebol. Foto: Valter Gouveia/SPP
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José Faria dá a receita para surpreender Sporting: «A força do coletivo é o que faz ter sucesso»

NACIONAL28.03.202517:30

Técnico do Estrela da Amadora assumiu que a paragem para as seleções complicou a preparação, mas não 'deita a toalha ao chão'; considera que há diferenças entre o leão orientado por Rui Borges relativamente a Rúben Amorim, «mas não tantas como isso»

Limitado, contudo ambicioso – assim se apresentará o Estrela da Amadora para a receção ao Sporting, para a qual se apresenta com alguns atletas ausentes e outros condicionados por força das suas presenças nas seleções nacionais e pouco tempo de trabalho com o restante plantel.

Na antevisão à receção ao Sporting, o treinador dos tricolores, José Faria, não deixou certezas se contará com Manuel Keliano e Chico Banza, que representara a seleção de Angola, ou Jovane Cabral, que representou Cabo Verde, que se apresentaram ao trabalho apenas esta quinta-feira.

«Se estão a 100%? Não, impossível isso, 100% é sempre impossível. Estamos a falar de que, alguns deles, fizeram um treino connosco ou um treino e meio, viajaram durante a noite e perderam uma noite a dois dias do jogo. Isso nunca é bom, não estão. O Dramé foi passar férias, foi pelo Mali mas foi em Marrocos, mas não somou minutos», lamentou o técnico dos amadorenses que, por isso, abriu um pouco o jogo sobre a preparação possível para o jogo.

«Obviamente ganham preponderância aqueles que ficaram a trabalhar connosco, que percebem a estratégia para o jogo, que estão por dentro das ideias, do que queremos fazer. Não é fácil, não é fácil, o futebol é um desporto coletivo e para mim a força do coletivo, independentemente de termos um ou outro jogador que possa ser mais ou menos determinante, é o que faz ter sucesso no final das contas», assegurou o técnico.

A missão, por certo, não será fácil: pela frente, o Estrela terá pela frente o campeão em título, que não vence há quase vinte anos e que, no entender do técnico estrelista, não perdeu qualidade com as vicissitudes pelas quais passou ou pela mudança técnica que atravessou.

 «O Sporting tem algumas diferenças, tal como na nossa parte, de certeza absoluta. Mas acho que não têm assim tantas diferenças quanto isso, o Rui Borges chegou e é alguém por quem eu tenho bastante consideração e a quem reconheço bastante valor e efetivamente trouxe uma mudança. Mas, como podem ver, nos últimos jogos voltou um pouquinho ao antigamente, à forma inicial que o Ruben Amorim nos abre e não necessariamente, acho que há ali bastantes dinâmicas diferentes», comparou José Faria.

«Até mesmo os jogadores são diferentes, como a própria descoberta do Debast a médio, pelo Rui. É um jogador completamente diferente daqueles contra os quais jogámos na primeira volta. Já sabemos que será um jogo muito difícil», anteviu o treinador.