Jorge Braz: «O Cazaquistão é das seleções mais estratégicas do mundo»

FUTSAL13:55

Selecionador nacional deixou rasgados elogios ao trabalho realizado por Kaká, treinador adversário, e sublinhou que «nesta fase não há fadiga»; Zicky Té destacou o desejo do grupo em jogar os oitavos de final

A Seleção Nacional de futsal realizou, esta quarta-feira, o último treino antes do encontro com o Cazaquistão a contar para os oitavos de final do Campeonato do Mundo da modalidade.

Na antevisão ao encontro, o selecionador Jorge Braz deixou fortes elogios à «estratégica» seleção do Cazaquistão e reforçou que a equipa das quinas não apresenta sinais de fadiga, apesar do pouco tempo de preparação devido ao jogo de domingo com Marrocos.

«O Cazaquistão é das seleções mais estratégicas do mundo. O Kaká tem a equipa muito bem organizada, sabem gerir muito bem os ritmos e os momentos do jogo. Nós estamos cá para tentar inverter essa estratégia. Que o jogo seja mais de acordo com o que nós queremos e como nos queremos impor no jogo», começou por dizer Jorge Braz, reforçando o desejo de permanecer em competição: «Nesta fase não há fadiga. Deus queira que tenhamos muitos jogos acumulados nas pernas. Não vai haver fadiga, nem física nem mental.»

Questionado sobre a exaustiva análise que o selecionador do Cazaquistão diz ter feito sobre a equipa portuguesa, Jorge Braz aproveitou para tecer rasgado elogios ao adversário e ao trabalho que este tem realizado.

«É um treinador que eu respeito muito, tem feito um trabalho extraordinário e que estrategicamente é muito bom. Tentámos fazer o nosso trabalho. Há sempre forma de surpreender, há sempre coisas novas, tanto de um lado como do outro. Nós temos de estar preparados para a regularidade, tendências e identidade deles, e impedir que isso aconteça. Queremos que haja mais momentos de Portugal do que situações de jogo em que o Cazaquistão é forte. Há sempre formas de surpreender e coisas novas que podemos tentar para que a partida seja mais Portugal», enalteceu.

Por fim, o selecionador nacional sublinhou o orgulho que sente por contar com tantas opções de qualidade para o encontro dos oitavos de final.

Jorge Braz quer revalidar o título mundial de futsal. Foto: FPF

«Temos 14 jogadores aqui connosco - e mais dois na alma e no coração e que ficaram de fora - em quem confiamos totalmente. É uma vantagem de Portugal há muito tempo termos este leque de soluções e poder vir para uma fase destas e dizer que vou distribuir minutos e gerir isto do início ao final da prova. É para dar tudo em todos os momentos, este duelo é uma final e sei que tenho 14 jogadores para jogar de várias formas. É algo que me orgulho imenso. Temos muitas vantagens, temos é de olhar mais para elas e reforçá-las, para continuar a atingir objetivos», concluiu.

Zicky Té, a voz do otimismo da Seleção Nacional de futsal

Com o aproximar a hora do jogo, Zicky Té falou do espírito vivido dentro do balneário para o encontro com o Cazaquistão e diz que Portugal tem de encarar este encontro da melhor maneira para sair com o triunfo.

«A equipa está confiante e entusiasmada, estamos nos oitavos de final e são estes jogos que todos gostamos de disputar. Esperamos um adversário extremamente difícil, já os defrontámos no outro Mundial e recordo-me que foi um duelo muito exigente, só resolvido no desempate por penáltis. Temos de ser Portugal nestas alturas e estamos mais que preparados para encarar este jogo da melhor maneira», começou por dizer o pivot de 23 anos, enaltecendo que terá de ser feito um trabalho coletivo para travar as incursões do Higuita: «O trabalho de toda a equipa vai ser importante. Temos de ter grande união, sabemos que eles são fortes na subida do Higuita, mas se todos estivermos no nosso melhor vamos conseguir contrariar essa situação.»

Apesar da distância entre Portugal e o Uzbequistão, Zicky Té sabe que nesta quinta-feira a Seleção Nacional de futsal irá contar com o apoio dos milhões de portugueses.

Zicky conta com o apoio dos portugueses para os oitavos de final. Foto: FPF

«Eu acredito que o jogo é jogado dentro de campo. É certo que o apoio nas bancadas pode ajudar, mas sabemos todos que, mesmo longe Portugal, teremos milhões de pessoas a opiar-nos e sempre connosco. É com isso que vamos entrar em campo», concluiu.