Jogador do Celta vai ser julgado por abuso sexual a uma mascote do Espanhol
Antigo jogador do Celta de Vigo terá sido autor do crime, que remonta a 2019, antes de um jogo no estádio do Espanhol
A 24 de abril de 2019, o Celta de Vigo visitou o terreno do Espanhol para um duelo a contar para a 34.ª jornada da La Liga. Momentos antes do início da partida, a equipa galega, capitaneada por Hugo Mallo, chegou ao túnel de acesso ao relvado e o jogador cumprimentou as duas mascotes do Espanhol: um periquito e uma periquita. No entanto, foi nesse momento que terá cometido o crime que o levará agora a julgamento.
O Diario As cita a acusação feita por parte da vítima, Ana (nome fictício, para proteger a sua identidade): «Quando Hugo Mallo chegou ao pé das mascotes, deu a mão ao periquito como de costume, mas quando chegou à Sra. Ana, que naquela época fazia o papel de periquita, introduziu as mãos sob o traje e tocou-lhe nos seios.»
A acusação pretende que Mallo seja condenado a pagar uma multa durante 24 meses, com uma quantidade diária que esteja de acordo com o seu património. O dinheiro iria para o Estado Espanhol, tal como a lei define. Mallo, que atualmente joga no Internacional de Porto Alegre, também poderia ser sujeito a uma pena de prisão, que duraria entre um e três anos, mas a acusação escolheu a outra opção.
Caso com quase cinco anos
A acusação foi formalizada no dia imediatamente a seguir ao jogo entre o Celta e o Espanhol. Ana tinha como testemunha o homem disfarçado de periquito que, sem ter visto o alegado crime, terá reconhecido que a sua colega estava visivelmente nervosa e alterada após cumprimentar Mallo. Para além disso, também foram entregues vídeos que mostrariam o sucedido.
Mallo aceitou testemunhar para provar a sua inocência e, apenas dois meses depois, o Tribunal de Primeira Instância e Instrução n.º 2 de Cornellà decidiu a favor do jogador, afirmando que «a prática do crime de abuso sexual descrito na queixa não foi devidamente fundamentada».
A acusação interpôs um recurso a esta decisão junto do Tribunal Provincial de Barcelona, que, em 2021, acabou por aceitá-lo, abrindo de novo o caso. Foi depois marcada uma primeira data do julgamento para o dia 25 de maio de 2023, mas esta foi adiada, sabendo-se agora que se irá realizar no próximo dia 11 de julho.