Joca sacou um coelho do 'chapéu', mas a Mújica era outra (crónica)
FERNANDO VELUDO/LUSA

Rio Ave-Arouca, 1-1 Joca sacou um coelho do 'chapéu', mas a Mújica era outra (crónica)

NACIONAL19.04.202422:45

Extremo rio-avista inaugurou o marcador contra a corrente do jogo, mas o matador espanhol fixou o resultado final; vila-condenses viram três golos anulados em... seis minutos

Foi com fome de golo que os lobos de Arouca entraram para o duelo de ontem à noite, nos Arcos, demonstrando elevada capacidade de pressão, assertividade ofensiva e boa ligação entre os setores.

Foi, por isso, sem espanto, que a turma de Daniel Sousa foi acumulando situações de perigo na primeira meia hora, e não fosse o (incomum) desacerto dos homens da frente, o golo inaugural teria pertencido à equipa visitante.

Mas Joca tinha uma palavra a dizer ainda antes do intervalo: com uma tranquilidade notável, na cara de Arruabarrena, bateu o guardião uruguaio com uma ‘chapelada’ de elevada nota artística. Execução sublime do extremo português do Rio Ave.

Com o golo veio um novo alento para a formação de Vila do Conde, que causou vários calafrios à defensiva do conjunto da serra da Freita.

O segundo tempo trouxe uns lobos revigorados, ainda mais pressionantes ao início, e esse domínio cedo se traduziu em golo. Ainda nem dois minutos haviam passado desde o regresso ao campo quando o inevitável Rafa Mújica bateu Jhonatan, com um remate de belo efeito com o pé esquerdo. O guarda-redes rio-avista não fica isento de culpas, mas o disparo do espanhol levava selo de golo.

Com a igualdade restabelecida, foi, por contraditório que pareça, a equipa de Luís Freire a crescer no jogo. Num espaço de seis minutos, os adeptos do Rio Ave viram três (!) tentos anulados à sua equipa, todos por posição irregular. Costinha foi o mais azarado, com dois golos anulados, mas nem isso impediu a avalanche ofensiva vila-condense.

A 13 minutos do fim, o recém-entrado Boateng ficou perto de ser herói, mas o tiro violentíssimo que disparou embateu com estrondo no poste arouquense.

A equipa de Daniel Sousa também somou algumas oportunidades, sobretudo pelos pés de Mújica, mas ninguém foi capaz de desfazer o empate.