Investiram em criptomoeda com promessa de retorno e agora processam antigo companheiro no Palmeiras

Brasil Investiram em criptomoeda com promessa de retorno e agora processam antigo companheiro no Palmeiras

INTERNACIONAL14.03.202309:16

Os jogadores Gustavo Scarpa e Mayke processaram duas empresas, uma das quais propriedade do também jogador Willian Bigode, por fraude, envolvendo um investimento em criptomoedas, ocorrido no ano passado, quando os três jogavam no Palmeiras. Os dois primeiros jogadores acusam o terceiro de ser o pivô de um golpe que os fez perder o equivalente a 1,84 milhões de euros.


O caso ocorreu no final de 2022, às vésperas de o Palmeiras se sagrar campeão brasileiro e Scarpa o melhor jogador do Brasileirão. Por indicação de Willian, hoje no Fluminense, o médio, desde janeiro no Nottingham Forest, e o lateral Mayke, único do trio ainda no Verdão às ordens de Abel Ferreira, investiram 1,12 milhões e 720 mil euros, respetivamente, na XLand Holding Limitada, motivados pela promessa de 3,5 a 5 por cento de retorno ao mês. A WLJC Consultoria, empresa da qual Bigode é sócio, serviu de intermediária. Como não receberam nada, Scarpa e Mayke decidiram apresentar queixa contra as duas empresas.


Willian Bigode, porém, diz-se igualmente lesado pela XLand.

Já o proprietário desta, Gabriel Nascimento, considera-se vítima da FTX, a segunda maior corretora de criptomoedas do mundo, que faliu em novembro do ano passado.


O programa Fantástico, da TV Globo, teve acesso à troca de mensagens entre Scarpa e Willian. «Estou triste, parça, de verdade, porque é quase todo o meu património», queixa-se o primeiro. «Scarpinha, agora não tem nem mais questão de confiança, irmão, questão agora é orar», reage o segundo. Scarpa informa então que o advogado dele o orientou a apresentar queixa na polícia contra o (ex) amigo.


E ontem, dado o alcance da polémica, Scarpa comentou o caso pela primeira vez, nas redes sociais, em tom irónico: «Preciso orar mais, mesmo.»          

Tags: