Há 49 anos que ninguém marcava tanto como o leão

Pelo menos 19 golos à quinta jornada? O Benfica em 1975. No caso do Sporting, é preciso recuar até 1952

As curvas da Serra da Freita, no caminho para Arouca, deixam muita gente enjoada, mas não o leão. Este Sporting está aí para as curvas, e contracurvas, e continua a passear superioridade no campeonato. Esta sexta-feira somou a quinta vitória em cinco jogos — 12.ª vez que triunfa na primeira meia dezena de jogos no campeonato, primeira desde 2017/2018.

Não que, tradicionalmente, as viagens a Arouca ofereçam muita dificuldades — foi a nona vez que o Sporting se fez à estrada pela Serra da Freita e conseguiu a oitava vitória (perdeu em outubro de 2022). Mas igualou o melhor resultado no campo do adversário, o 3-0 que obtivera já este ano, em março, na caminhada para o título, então com dois golos na compensação.

Com um ou outro susto pelo meio, desta vez o campeão nacional apoiou-se, no ataque, num trio elétrico e eclético: Pedro Gonçalves marcou de cabeça, Gyokeres de pé direito (na transformação do quarto penálti para os leões nesta Liga) e Trincão de pé esquerdo (após grande jogada individual). Com 19 golos em cinco jogos, é preciso recuar até 1952 para ver um Sporting tão eficaz no arranque; e mesmo alargando a todos os clubes, desde o Benfica de 1975/1976 (20) que ninguém chegava com tantos golos à quinta jornada.

E ainda assim... a vitória por 3-0 estragou a média do Sporting. No total de jogos (era de 4 golos por partida e passou para 3,8) e nos encontros fora de casa (depois dos 6-1 na Madeira, contra o Nacional, e dos 5-0 no Algarve, contra o Farense)... O que diz bem de como o leão elevou a fasquia.