Futebol português em peso no último adeus a Artur Jorge: «Foi um exemplo»

Várias personalidades ligadas a diferentes instituições do futebol luso fizeram questão de marcar presença

Entre antigos colegas, pupilos e dirigentes que trabalharam com Artur Jorge, o passado e o presente do futebol português não faltaram à despedida ao malogrado treinador cujas cerimónias fúnebres tiveram lugar esta tarde em Lisboa, com a missa de corpo presente a ter tido lugar na Basílica da Estrela, e o cortejo seguiu rumo ao Cemitério do Alto de São João.

Para homenagear o primeiro técnico a sagrar-se campeão europeu pelo FC Porto, entre outros méritos de um percurso de sucesso em Portugal e além-fronteiras, estiveram nomes como José Mourinho, vencedor da competição em 2004 ao comando técnico dos azuis e brancos, ou José Couceiro, também antigo treinador do clube da Invicta e presente na cerimónia em representação da Federação Portuguesa de Futebol, instituição da qual é também vice-presidente, tendo recordado o «legado» que o seu percurso deixará ao futebol português.

«Deixa de facto um grande legado, para mim muito mais como um cidadão, como homem, independentemente dos seus grandes sucessos como jogador e como treinador. Para nós, foi sempre um exemplo, foi sempre a nossa referência durante muitos anos, e nomeadamente a nível do Sindicato dos Jogadores, todos nós lhe devemos muito e devemos estar gratos por tudo o que fez e conseguiu para todos nós, para o futebol», afirmou, realçando também o papel de presidente e sócio n.º 1 que deteve no Sindicato dos Jogadores.

Na companhia de José Couceiro chegaram à Basílica da Estrela os antigos internacionais Dimas e Paulo Madeira e também o antigo internacional brasileiro Valdo. Tal como a FPF, a Liga de Clubes associou-se igualmente ao momento, com o seu presidente, Pedro Proença, a ter estado entre os presentes.

No que respeita ao Benfica, que Artur Jorge também representou, se fez representar por Fernando Seara e Domingos Almeida Lima, presidente da Mesa da Assembleia-Geral e um dos vice-presidentes dos encarnados, respetivamente, e também Toni, antiga glória do clube da Luz que se pronunciou com o seu antigo colega e amigo, com quem conviveu desde que ambos começaram a notabilizar-se na Académica e depois no clube encarnado, com os olhos marejados de lágrimas.

«Quando se perde alguém como o Artur Jorge, é também um bocado de nós que parte. É uma figura incontornável do futebol mundial pelo que alcançou na sua carreira, primeiro como jogador, depois como treinador. Nesta homilia a que assistimos o que houve foi gratidão: todos devemos estar gratos por tudo o que o Artur Jorge fez enquanto jogador, treinador e daí temos de relevar e estarmos alegres por todos os momentos que passámos juntos. São momentos que não esqueceremos», assinalou o antigo jogador e treinador.