FPF promove bolsas académicas para jogadoras e… uma segunda parte
Cidade do Futebol foi palco de cerimónia que destacou a primeira edição de iniciativa de bolsas académicas para futebolistas que disputem a Liga feminina e anunciou uma segunda edição; criação de programa de apoio ao pós-carreira das atletas foi também divulgado
Não só nas quatro linhas o futebol feminino em Portugal apresenta crescimento e evolução: ao final da tarde desta segunda-feira, na Cidade do Futebol realizou-se uma cerimónia que anunciou a criação do programa The Second Half, que prepara o percurso profissional pós-carreira desportiva para jogadoras e também a segunda edição de um programa de bolsas de estudo para apoio a futebolistas que compitam na Liga feminina e acumulem em simultâneo um percurso no ensino superior.
Só na primeira edição do projeto foram 19 as atletas inscritas. Cláudia Mendinhas, Sara Teixeira, Bárbara Lopes, Raquel Ferreira, Constança Fernandes, Margarida Oliveira, Maria Ribeiro, Catarina Silva, Joana Silva, Marta Ferreira, Daniela Areia Santos, Raquel Varajão, Rita Montenegro, Joana Lourenço, Rita Oliveira, Catarina Pereira, Madalena Contente, Carolina Ferreira e Ana Alves formaram o primeiro lote de futebolistas que na época transata acumularam a presença no principal escalão do futebol feminino português com uma bolsa universitária.
As atletas representavam, à data, Vilaverdense, Marítimo, Damaiense, Benfica, Torreense, Clube Albergaria, Valadares Gaia e Atlético Ouriense e deram forma a uma iniciativa em parceria com o banco BPI e a Fundação La Caixa, que o presidente da FPF, Fernando Gomes, fez questão de salientar. «Acima de tudo, quero transmitir o gosto que, mais uma vez, temos em contribuir para o desenvolvimento do futebol feminino», declarou, com orgulho.
Entre as bolseiras destacados no evento, encontra-se Marta Ferreira, de 22 anos, que atualmente representa o Racing Power e ao mesmo tempo frequenta o curso de Gestão na universidade Nova SBE. «Na parte extra-futebol também atrai muitas jogadoras porque, lá está, as bolsas dizem respeito a jogadoras da Liga BPI e acredito que as transferências de jogadoras como a Kika Nazareth ou a Olivia Smith vão começar a marcar uma nova era para o futebol feminino», estimou a avançada.
Outro caso de sucesso realçado foi o de Bárbara Lopes, defensora de 22 anos que concilia a carreira profissional no Torreense com o quinto ano do curso de Medicina Veterinária. «Sempre foi o que quis fazer em termos académicos, o futebol obviamente é uma das minhas grandes paixões e partilho-a, neste caso, com os animais. Para já, tem sido um caminho giro conseguir conciliar as duas paixões à minha maneira e vou continuar enquanto puder. Continuar a estudar e a jogar vai sempre ser a minha prioridade», garantiu a internacional jovem por Portugal.