Arranca a Liga feminina: «Poderá haver um crescimento competitivo ainda maior»
A diretora para o futebol feminino da FPF, Mónica Jorge (à esquerda), com João Seabra, Head of Marketing da Visa (ao centro), e a internacional portuguesa Kika Nazareth (à direita). Foto: D.R.

Arranca a Liga feminina: «Poderá haver um crescimento competitivo ainda maior»

Principal divisão do futebol feminino português arranca esta sexta-feira, com Benfica e Sporting em ação; Mónica Jorge prevê que a competitividade da prova continue a subir e recorda investimento financeiro realizado pela FPF

A Liga feminina arranca esta sexta-feira com os seus dois principais candidatos ao título em ação - o tetracampeão Benfica recebe o Torreense e o Sporting, que há uma semana conquistou a Supertaça, receberá o Estoril na partida de abertura de uma prova que promete, não só no que respeita à rivalidade entre águias e leoas, mas também na presença de outros conjuntos emergentes que contribuirão para a competitividade.

Competitividade essa que surge como promessa de Mónica Jorge, diretora da FPF para o futebol feminino. «Poderá haver um crescimento competitivo ainda maior e uma distribuição de qualidade e capacidade de trabalho pelas dez equipas que se irão qualificar para a próxima edição da Liga (ndr: o modelo competitivo do campeonato irá alterar-se, com uma redução dos atuais doze participantes para dez a partir de 2025/2026)», prevê a dirigente.

«Como é óbvio, torna-se uma Liga mais atrativa, com maior visibilidade e mais interesse para o público», perspetiva Mónica Jorge, que assinalou o investimento da própria FPF para que os clubes apresentem estruturas alicerçadas.

O sopro dos novos ventos

21 julho 2024, 11:45

O sopro dos novos ventos

A entrada do FC Porto no futebol feminino é excelente notícia para o ecossistema português, bem como o mediatismo de transferências de jogadoras e o aumento de mulheres na estrutura da FPF

«O investimento da própria FPF - estamos a falar de quase 8 milhões de euros nas próximas duas épocas na Liga – é, no fundo, para apoiar todas as competições com critérios rigorosos e para que nos possa dar quadros profissionais nos plantéis. Vamos ter um fundo de apoio a todas as competições nacionais femininas, com esses critérios que potenciam quadros profissionais», anunciou a diretora federativa.

«Estamos a falar principalmente da Liga BPI e do facto de a Liga, neste momento, na presente época já ter essa exigência de, nesses critérios, de 16 jogadoras com contrato profissional. Isto salvaguarda também os direitos das jogadoras», declarou a antiga selecionadora nacional, ansiosa por ver a bola a rolar.

Número recorde de participantes e… FC Porto em estreia

Nunca a FPF registou tantas equipas para a participação nas competições nacionais femininas como na época que agora se inicia: serão 106 as equipas que entre Liga e III Divisão irão bater-se nos relvados nacionais. Nesta última divisão, surge a entrada de vários emblemas com pergaminhos como o Paços de Ferreira, que regressa ao futebol para mulheres pela primeira vez desde 1986, ou o UD Leiria, que se estreia em absoluto.
A entrada mais mediática dá pelo nome de FC Porto, que participará na III Divisão na presente temporada e criou um plantel de raiz para, em dois anos, subir outras tantas divisões e chegar ao primeiro escalão para rivalizar com rivais como Benfica e Sporting…embora possa fazê-lo já em 24/25 por via da Taça de Portugal, assim ultrapasse com sucesso as várias eliminatórias.