Desilusão de Jesper Fredberg, CEO do Anderlecht, que liderou a transferência para os leões. «Ficou em boas mãos no Sporting», assume a A BOLA o homem forte do histórico clube belga. As qualidades detetadas desde muito novo por treinador da formação: «Remate era grande qualidade. Precisa de arriscar mais vezes...»
Tudo na carreira de Debast aconteceu à… velocidade daquele potente remate que surpreendeu Alvalade e que selou a primeira vitória na Champions. Supersónica. De um menino tímido, de poucas falas, com oito anos até à equipa principal do Anderlecht. De médio talentoso, capacidade de passe impressionante, até se tornar num dos centrais mais promissores do futebol belga. De promessa a certeza. O selo de qualidade, esse, foi colocado desde muito cedo. Mas sempre lidou bem com isso. Sobretudo pela confiança e tranquilidade, uma maturidade fora do comum num jovem com a sua idade nos momentos de decisão.
Essa experiência, construída desde que chegou à equipa principal do Anderlecht, com apenas 16 anos, foi fator decisivos na vinda para Alvalade. Sinalizado muito cedo, o leão antecipou-se a gigantes europeus, e foi o primeiro nome na lista de reforços a avançar. Ficando com o rótulo de defesa mais caro da história do clube: €15,5 milhões (mais €5,5 mediante objetivos). Um peso que se fez sentir na mudança radical. A saída do clube de sempre, afastamento da família, passo de gigante.
Se pode ser um dos melhores do mundo na sua posição? É claro que essa é uma grande questão, mas penso que Zeno tem as competências que um defesa moderno deveria ter, mas também é jovem e tenho a certeza que está em boas mãos no Sporting
Uma transferência que foi liderada por Jesper Fredber, CEO do Anderlecht, líder máximo do emblema belga, que continua a acompanhar Debast como se de um filho se tratasse. É um menino da casa, uma referência para os mais novos e, confessou a A BOLA, o golo, o primeiro como profissional, foi muito festejado.
«Sinceramente fiquei com um pouco de inveja quando vi o golo, pois adoraria que os nossos adeptos vissem isso no nosso estádio. Mas ao mesmo tempo extremamente feliz pelo Zeno! Ele merece, é sempre um jogador que deixa o coração em campo, e também um dos motivos pelos quais ainda é querido pelos nossos adeptos e pelo clube. Ele sempre será um menino do Anderlecht. Representa os valores que defendemos e que todos esperamos seguir. E claro que esperamos ver mais golos dele, apesar dessa não ser sua expectativa», começou por dizer o dirigente, destacando a qualidade de Debast:
«Se pode ser um dos melhores do mundo na sua posição? É claro que essa é uma grande questão, mas penso que Zeno tem as competências que um defesa moderno deveria ter, mas também é jovem e tenho a certeza que está em boas mãos no Sporting. Mas o potencial existe e esse é o primeiro passo.»
Família assistiu ao jogo e recorda momento especial vivido com o Lille a A BOLA. Bart Pauwels, tio do central leonino, deixa uma garantia: toda a família já reservou bilhetes para marcar presença no Estádio de Alvalade na partida com o Manchester City
«Na formação era normal fazer golos daqueles...»
Desengane-se quem pense que o golo ao Lille surpreendeu toda a gente. Arvid de Koster, técnico da formação belga que trabalhou com Debast desde os 9 anos, fala de uma das qualidades a A BOLA.
«Na formação era algo normal. O pontapé forte era uma das qualidades. Só precisa de arrsicar mais porque sabia que esse momento iria chegar», disse o treinador, que preferiu não se alongar muito em relação às criticas recebidas após a última concentração da seleção belga.
«Ele não tem de hesitar nas suas qualidades, tem sempre de acreditar em si mesmo e continuar a aprender… Penso que será isso que fará», reforçou.