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Com o regresso de João Mário, brasileiro pisa em terrenos mais avançados; no duelo com o Portimonense jogou na sua posição de eleição; tem de afinar mais a finalização para ter golo...
Depois de na época passada ter sido sacrificado a jogar como lateral-direito, tendo em conta que João Mário foi assolado por algumas lesões que o privaram de dar o seu contributo à equipa durante muito tempo, Pepê tem tido agora mais liberdade de Sérgio Conceição para jogar em terrenos mais adiantados, onde seguramente é mais desequilibrador e se sente como peixe na água.
Face à escassez de soluções no plantel em 2022/2023 — Manafá, agora jogador do Granada, de Espanha, raramente foi opção para a lateral-direita —, Pepê foi uma espécie de bombeiro sempre que era necessário ter um jogador capaz de colmatar a ausência de João Mário, ainda que isso impedisse de ter mais criatividade no último terço face ao sacrifício a que Pepê era submetido.
Os tempos mudaram e o brasileiro, que continua a ser desprezado pelos responsáveis da seleção brasileira, tanto para a posição de extremo como principalmente para lateral-direito, setor no qual o escrete canarinho tem evidentes lacunas na atualidade, parece sentir-se confortável a jogar no último terço do campo, quer seja como ala direito, a dez, como extremo esquerdo, a sua posição de raiz, ou segundo avançado, atuando ao lado de Taremi, preferencialmente.
Sérgio Conceição já se desfez publicamente em elogios a Pepê, tendo em conta a capacidade e a inteligência que o jogador tem para ter o mesmo desempenho em qualquer posição que ocupe no terreno. Diante do Portimonense, e tendo em conta que João Mário alinhou como lateral e Romário Baró se posicionou no lado direito do meio-campo, Sérgio Conceição colocou Pepê na sua posição predileta, que é o lado esquerdo do ataque azul e branco, onde pode progredir pela linha ou fletir com frequência para o corredor central, causando sempre problemas à defensiva contrária.
Há, porém, um ponto que Pepê necessita com urgência de aprimorar e que se prende essencialmente com a sua capacidade de finalizar. Nos recentes encontros com o Barcelona, essencialmente, e também com o Portimonense, o futebolista apareceu por mais do que uma vez na cara do guarda-redes adversário e não conseguiu tirar partido da sua posição para faturar e colocar a equipa em vantagem numérica. Sérgio Conceição com toda a certeza já detetou essa lacuna evidenciada recentemente e estará a trabalhar afincadamente no centro de treinos do Olival nesta paragem motivada pelos compromissos da seleção para que esse problema seja ultrapassado e que Pepê possa ser mais letal na hora de fazer golo. Ainda assim, Pepê, aos 26 anos, continua a ser uma peça da qual Sérgio Conceição nunca prescinde e na qual continuará a apostar nos próximos compromissos oficiais dos dragões.
8 outubro 2023, 20:58
Faltou acerto nas ocasiões (mais que suficentes) para noite tranquila. Pepê cresce na frente, Evanilson está de volta (para ser decisivo) e ainda há Zé Pedro. David Carmo sem perdão...
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