FC Porto: gesto de Gonçalo Borges de mão na orelha não é inédito

NACIONAL17.12.202419:30

Extremo estreou-se a marcar pela equipa principal dos dragões em jogos oficiais, mas já tinha feito o festejo quando faturou na pré-época. Celebração não foi resposta aos adeptos

O jogo do FC Porto diante do Estrela da Amadora ficará para sempre gravado na memória de Gonçalo Borges. O extremo dos azuis e brancos fez o seu primeiro golo com a camisola da equipa principal portista, e logo no Estádio do Dragão.

Foi um momento marcante para o jogador de 23 anos, que não conteve as lágrimas e libertou todas as emoções após o apito final. Depois de fazer abanar as redes, num dos últimos lances da partida frente aos tricolores, Gonçalo Borges festejou com a mão direita na orelha, um gesto que foi entendido por vários adeptos como uma provocação ou resposta à críticas recentes à equipa.

A celebração do número 70 dos dragões, porém, é imagem de marca do jogador, que já tinha festejado desta forma na pré-temporada, na qual marcou quatro tentos, num período em que esteve em destaque e era aposta recorrente de Vítor Bruno.

A verdade é que os minutos do extremo dentro de campo têm escasseado nesta fase, motivo que exacerbou a reação emotiva no final do encontro. Esta temporada, Gonçalo Borges já regista 17 aparições, mas apenas quatro titularidades e somente 391 minutos. O internacional jovem português jogou apenas 12 minutos nos últimos quatro desafios.

Vítor Bruno falou sobre o tema na conferência de imprensa após o jogo, referindo que todos no clube ficaram muito felizes pela estreia a marcar de Gonçalo Borges e frisando que a incerteza no mercado de verão mexeu com o jogador.

«O Gonçalo apareceu bem, depois houve a possibilidade de sair e pode ter instabilizado. Mas tem trabalhado muito bem e isto é o reflexo disso. Se calhar foi por isso, por ter sido o primeiro golo dele. Começou bem a época, confiante, atrevido, sem complicar o jogo é uma mais-valia. Houve uma fase de sair ou ficar, isso abanou. Ele quis ficar, percebeu que podia ser um ano importante. Tem momentos de entrega e compromisso que me agrada às vezes mais que o golo que fez», salientou o técnico portista.