Famalicão não quer «embebedar-se com a vitória frente ao Benfica»
O clube minhoto defronta o Chaves, último classificado, na ressaca da vitória diante do Benfica
Armando Evangelista prepara o seu oitavo encontro como treinador do Famalicão com a esperança de desequilibrar o saldo: até ao momento, são três vitórias, duas derrotas e dois empates. O último triunfo, contudo, foi contra o Benfica, o que deu a estocada final nas contas do título, indo este para o Sporting.
Na conferência de antevisão à deslocação a Chaves, cujo encontro abre a 33.ª e penúltima jornada da Liga, o técnico dos famalicenses não vai permitir que a equipa se deixe «embebedar com a vitória frente ao Benfica», uma vez que à sua frente terá um adversário que se «vai agarrar à esperança com tudo».
«Não acredito que ninguém atire a toalha ao chão. Se nos deixarmos embebedar com a vitória frente ao Benfica, vamos passar mal, pelo que uma das minhas funções é manter os jogadores ligados. Este jogo pode representar a última oportunidade do Chaves. Acredito que o nosso adversário dará a vida para continuar a lutar por tudo o que andaram a trabalhar ao longo da época. As emoções vão ter, certamente, um peso importante no jogo, pelo que temos de ser iguais a nós mesmos, competitivos e motivados, tal como aconteceu na última jornada. Jogar sem medo de perder, sabendo que do outro lado está um adversário com um nível emocional elevadíssimo», disse, esta quinta-feira, Armando Evangelista.
Após a vitória (2-0) na receção aos encarnados e perante uma excelente exibição do Famalicão, Armando Evangelista foi questionado acerca da sua continuidade no clube, uma vez que o seu contrato expira a 31 de maio, ele que foi chamado a substituir João Pedro Sousa no início de abril.
«O meu contrato com o Famalicão termina no dia 31 de maio. Desse dia em diante, sou livre para negociar com o Famalicão ou com outro clube qualquer. A nossa vida [de treinador] é assim». Importa destacar que Evangelista se mostrou disponível, ainda após o jogo com o Benfica, para se «sentar à mesa» com Miguel Ribeiro, presidente da SAD, e discutir o futuro.
O técnico não vai poder contar com Jhonder Cádiz (castigado), o melhor marcador da equipa e o quarto da Liga, com 15 golos, mas garante que quem entrar no lugar do avançado venezuelano fê-lo por «merecer».
«As dinâmicas podem ser diferentes, mas vamos continuar a ter um onze. Isso de dar uma prenda neste meio profissional não existe. Comigo, os melhores têm de jogar sempre. As oportunidades surgem em função do momento, das lesões e dos castigos. São essas oportunidades que os jogadores têm de agarrar. Não é por ter olhos verdes ou azuis que vão jogar. Têm de o merecer»
O Famalicão ocupa um tranquilo oitavo lugar, com 39 pontos, enquanto o Chaves está no 17.º e penúltimo lugar, com 23.