Estrela da Amadora: Jabá na frente foi incómodo para o leão
Extremo brasileiro defrontou o Sporting como ponta de lança improvisado, justificando a influência reconhecida no ataque dos tricolores, pelos quais disputou onze dos doze jogos até ao momento realizados pela equipa
O Estrela da Amadora recupera do desgaste físico e emocional que acarretou a deslocação a Alvalade para defrontar o Sporting. Não evitou a derrota, é certo, mas contribuiu para um excelente espetáculo de futebol que envolveu cinco golos e duas reviravoltas, com os tricolores a deixarem muito boa imagem e uma amplitude de soluções táticas e estratégicas como bons indícios para futuras ocasiões neste campeonato.
A principal surpresa promovida por Sérgio Vieira passou pela utilização de Léo Jabá como ponta-de-lança improvisado numa adaptação muito bem conseguida, tendo sido responsável por uma série de transições perigosas na primeira parte, algumas com finalização – só Adán evitou que pudesse celebrar o golo da igualdade, aos 37 – e na segunda parte, já contando com o apoio de Kikas, o que lhe permitiu passar para a ala direita, apareceu o melhor do camisola 8 do Estrela.
Jabá fez estragos aos 49’, num lance em que ganhou a linha de fundo pela direita e provocou o penálti cometido por Seba Coates (mão na bola do uruguaio), tendo assumido a cobrança do castigo máximo. Cinco minutos depois, voltou a estar em evidência com um excelente passe que quebrou a defesa sportinguista e lançou Kikas para o golo que proporcionou a reviravolta e uma surpresa momentânea, já que o Sporting alcançaria a igualdade aos 71’ e virou, desta feita em definitivo, o resultado para 3-2 aos 79’.
Ficou a boa réplica e a abordagem inteligente de Sérgio Vieira, que explicou após o jogo que esta não se tratou de uma novidade para o brasileiro. «O Léo Jabá já tinha conhecido esta posição nas seleções sub-17 e sub-20 do Brasil», recordou o técnico, que apelou ao conhecimento posicional angariado pelo atacante no seu passado de seleções jovens brasileiras apesar de ter seguido carreira a alinhar pelos corredores esquerdo e direito, como de resto costuma suceder no Estrela da Amadora.
Léo Jabá chegou à Reboleira no início da temporada com justificadas expectativas relacionadas com o seu currículo de campeão brasileiro ao serviço do Corinthians, e também campeão grego e vencedor da Taça desse país enquanto representava o PAOK. O extremo de 25 anos desde logo tornou-se escolha primordial para o seu treinador e participou em onze dos doze jogos já realizados pelos tricolores (apenas não participou no primeiro encontro oficial da época, frente ao Portimonense, pela Taça da Liga).
A influência de Jabá, que foi titular em dez das onze participações pela equipa amadorense, é notória e em função do momento de forma que atravessa o brasileiro terá o seu lugar assegurado na direita do ataque estrelista apesar de, como mostrou em Alvalade, estar preparado para alinhar no eixo em condições específicas.