Boavista-E. Amadora, 1-1 Festa com Pinho tricolor acabou… a preto e branco (crónica)
Ponta de lança marcou um golaço na primeira vez que tocou na bola; Estrela da Amadora deixou fugir os três pontos; reação à… pantera
A curva é descendente e qualquer deslize pode ser fatal. Transponha-se a metáfora rodoviária para o futebol e entenda-se que o campeonato está a chegar à altura de todas as decisões e que as equipas não podem claudicar. Ainda para mais quando em causa está a permanência na elite.
Mas não se pense que o duelo entre Boavista e Estrela da Amadora foi, como se convencionou chamar, o jogo do pontinho. De todo. Apesar do intenso equilíbrio, ambas as formações quiseram, declaradamente, ganhar. E o intervalo só não chegou com golos porque Bruno Brígido e João Gonçalves estavam inspirados.
Que o digam Robert Bozenik e Kikas, cujas tentativas de finalização foram superiormente negadas pelos guarda-redes.
Sendo que, antes disso, Leo Jaba levou a bola à barra quando, na verdade, o extremo brasileiro dos amadorenses tinha tentado… o cruzamento.
O empate não agradava a ninguém e boavisteiros e estrelistas foram à procura de mais. A intensidade subiu, a espetacularidade… baixou. Mas os golos haveriam mesmo de chegar.
Rodrigo Pinho, acabado de entrar – e na primeira vez em que tocou na bola -, disparou um míssil na conversão de um livre direto e colocou o Estrela na frente. Faltava pouco mais de um quarto de hora e o triunfo parecia estar a caminho da Amadora.
Mas uma pantera, mesmo ferida, pode sempre soltar um feroz uivo e até quando menos se espera. Foi exatamente o que aconteceu. No último suspiro, e após canto de Bruno Lourenço, Chidozie cabeceou nas alturas e Rodrigo Abascal desviou para intervenção de recurso de Bruno Brígido. O guarda-redes dos visitantes foi, porém, extremamente infeliz, uma vez que a bola seguiu na direção do poste e acabou mesmo por entrar.
O empate não agrada a ninguém, mas ambos… somaram. A festa com um Pinho tricolor acabou pintada… a preto e branco.