Sérgio Vieira: «É muita hipocrisia quando ouço dizer que não comentam arbitragem»
Técnico do Estrela da Amadora comentou, entre outros aspetos, a atuação do juiz da partida ante o Sporting e criticou quem não o faz em situação semelhante, numa postura que considera hipócrita
Apesar de não ter conseguido evitar a derrota (3-2), o Estrela da Amadora deixou uma imagem muito positiva perante o Sporting num jogo em que chegou a virar o resultado de 0-1 para um 2-1 que lhe era favorável e no qual contribuiu para o excelente espectáculo a que se assistiu. Sérgio Vieira mostrou-se orgulhoso dos seus comandados e deixou também alguns reparos, nomeadamente à arbitragem de André Narciso.
O técnico estrelista queixou-se de pretensa falta no lance que resulta no terceiro golo do Sporting e corroborou o seu pensamento, considerando lógico comentar a ação da arbitragem como qualquer outra situação ligada ao próprio jogo e descreveu como «hipocrisia» a abordagem contrária, assumida por outros intervenientes, que dizem recusar-se a comentar situações concretas ligadas ao trabalho dos árbitros.
«São decisões da terceira equipa que eu comento mesmo, em qualquer jogo eu comento porque faz parte, influencia o resultado. Comento com respeito, com imparcialidade e reconheço perante os árbitros quando erro numa primeira apreciação. Acho muita hipocrisia quando ouço colegas e noutros cargos no futebol dizer que não comentam arbitragem e depois quando são penalizados acabam por comentar», abordou o técnico, sem rodeios e de forma crítica.
Sérgio Vieira assumiu que o objetivo do Estrela da Amadora passará por discutir, cada vez mais, os resultados com as melhores equipas e também derrotá-las, indicando que para tal a evolução tem de continuar...e os «fatores decisivos» também devem contribuir para que tal um dia venha a acontecer.
«Para isso, também precisamos que os nossos jogadores amadureçam, encurtem etapas de crescimento e às vezes os fatores decisivos no jogo também nos sejam favoráveis, como foi hoje no segundo e terceiro golos que sofremos, mas mais até o segundo, em que estávamos em inferioridade numérica e acabou por ser em circunstâncias especiais», particularizou, inconformado.
Para memória futura fica a boa prestação de um Estrela com mexidas no seu onze habitual, algumas forçadas e outras por fim estratégico. «Não foram só as escolhas iniciais. Está a ser dado muito destaque a isso, mas deveu-se à dinâmica que colocámos, mantendo o Miguel Lopes permanentemente no processo ofensivo como terceiro médio, juntando-se ao Aloísio e ao Léo Cordeiro», explicou o técnico, satisfeito com o rendimento dos seus pupilos.