Estoril: os pecados e argumentações de Álvaro Pacheco
Álvaro Pacheco deixou, este domingo, o comando técnico do Estoril, penalizado pela classificação na tabela e o rendimento defensivo, mas também com alguns argumentos na sua saída
Tal como A BOLA havia confirmado na madrugada deste domingo, o Estoril avançou para a desvinculação com Álvaro Pacheco e anunciou a saída através de um comunicado, lançado no site oficial e redes sociais dos canarinhos.
Álvaro Pacheco que deixou, assim, o comando técnico dos canarinhos ao fim de sensivelmente três meses de trabalho realizado. O técnico deixa o Estoril por força da escassez de vitórias (uma vitória em seis possíveis) e uma permeabilidade defensiva que torna o Estoril na atual segunda equipa com mais golos sofridos na Liga (15 golos, nas mesmas seis jornadas), apesar de o emblema da Linha de Cascais revelar uma apreciável eficiência a finalizar, ostentando o estatuto de terceiro melhor ataque da Liga, com 12 golos apontados
Por seu turno, A BOLA apurou que Álvaro Pacheco aceitou rapidamente a sua saída por mútuo acordo, suportado por algumas argumentações. Entre as mesmas, o técnico de 52 anos alega que não terão sido encontradas as soluções desejadas para apresentar o futebol positivo que aprecia e que lhe foi apresentado por força de o Estoril ter cumprido a pré-época com vários jogadores sub-23 e ter sido um dos últimos emblemas da Liga a fechar o seu plantel com contratações que, na sua maioria, terão sido efetuadas a pedido do scouting ou por iniciativa do presidente, Ignacio Beristain.
Essa demora, no entender do técnico, terá tido maior influência na composição da defesa. Para esse setor em concreto chegaram, em períodos diferentes, Eliaquim Mangala, Raúl Parra e Harouna Sy (que ainda não se estreou oficialmente), atletas que não apresentarão o ritmo competitivo que a equipa técnica desejava.
Também o central Volnei foi adaptado a lateral direito para concorrer pelo lugar, tendo permanecido no plantel tal como outros jovens promissores como João Marques e Rodrigo Gomes, que pontificam como destaques da equipa, ou Ivan Pavlic, que iniciou a época como titular.
Com o divórcio já consumado, o Estoril acelerará a contratação de um novo técnico, mantendo inalterada a preparação do seu plantel profissional, que voltará a entrar em campo pela 1.ª jornada da fase de grupos da Taça da Liga que reservará uma deslocação a Matosinhos para defrontar o Leixões. Em função da proximidade temporal desta partida, tudo indica que avançará Filipe Coelho, técnico da equipa sub-23, como solução interina até que venha a consumar-se a chegada do novo líder.