CROMO DO EURO Era tão pequeno que o treinador queria pendurá-lo no teto
Guarda-redes espanhol demorou a crescer e preocupava o técnico do Southport
David Raya é, atualmente, indiscutível titular do Arsenal. Na seleção espanhola, pode estar perto de ser campeão europeu, ainda que sendo suplente de Unai Simón. Aos 28 anos, a sua carreira, sempre algo instável, parece estar a chegar ao ponto mais alto, ele que não é propriamente o guardião de maior comprimento...
Com 1,83 metros, foi, a par de Keylor Navas, do Nottingham Forest, o guardião mais baixo da última edição da Premier League. Isso não o impediu de conquistar a Luva de Ouro da competição, prémio para o guarda-redes que tem mais jogos sem sofrer golos.
Diz a expressão popular que os homens não se medem aos palmos. Só que, no caso de Raya, nem sempre foi assim. Aos 15 anos, foi contratado pelo Blackburn Rovers. Aos 19, foi emprestado ao Southport durante três meses e foi lá que o seu treinador lhe deu uma boa solução: pendurar-se do teto, para ver se esticava! Não terá feito efeito no imediato, mas a sua capacidade entre os postes, bem como o poder que tem na distribuição (e as suas mãos, proporcionalmente enormes...) levaram a que o Brentford, que militava no Championship em 2019, quisesse contar com o contributo do espanhol.
Entretanto, a sua carreira já deu novo salto. É finalista do Euro 2024, internacional desde 2022 e o Arsenal já acionou a cláusula de compra, no valor de 30 milhões de euros, do guarda-redes que, em 2023/24, levou apenas seis partidas a tirar a titularidade a Ramsdale. E se Raya pouco cresceu, a sua carreira já está nas alturas que poucos conseguem alcançar.
Este artigo partiu do perfil de David Raya que A BOLA publicou no âmbito da Guardian Experts’ Network, uma rede de troca de conteúdos liderada pelo conceituado jornal inglês, e que inclui meios de comunicação social de vários países representados no torneio.