Lille «Equipa com caráter, ambição… e dois centrais de 17 anos»

O treinador português Paulo Fonseca regozijou-se com a atuação do Lille e a vitória (2-1) obtida este sábado, com reviravolta desde 0-1, diante do Marselha, em encontro da 36.ª jornada da Ligue 1 disputado no Estádio Pierre Mauroy, em Villeneuve d’Ascq, que cimentou o quinto lugar na classificação da equipa local, em que apresentou o médio português André Gomes (ex-Benfica) a titular – substituído por Remy Cabella, aos 67’ – e não contou com Tiago Djaló e José Fonte, ambos por lesão.

«Jogámos com [Diakité] Bafodé e [Yoro] Leny, que são dois miúdos de 17 anos, como defesas-centrais! Além disso, Timothy [Weah] não é lateral-direito, mas teve de jogar, devido a uma lesão de última hora de Ismaily [ex-SC Braga]: por aí, está explicada a nossa defesa… inédita! Mas a equipa jogou com caráter e ambição. Foi uma vitória importante. Faltam dois jogos, devemos pensar já em ganhar o próximo [Nantes, sábado, dia 27], mas foi importante termo-nos superiorizado ao Marselha», disse Paulo Fonseca após a vitória.

«Mudámos um pouco o nosso sistema de jogo, pois tínhamos de bloquear os corredores laterais ao Marselha: são muito fortes a explorá-los. Sabíamos que seria um jogo onde não iria haver muitas ocasiões de golo, talvez três ou quatro. Podíamos ter feito melhor na finalização, em especial na primeira parte [perdiam, 0-1]. Conversámos e corrigimos os processos ao intervalo, e criámos mais situações de golo na segunda metade», afirmou o treinador português dos ‘Dogues’ no final do encontro com o Marselha, citado pelo diário desportivo L’’Equipe.

«É sempre difícil defrontar o Marselha com as marcações individuais. Com bola, faltam-nos, depois, jogadores em apoio e para as compensações, e ainda alguns mais para trazer profundidade ao jogo. Mas mesmo com um esquema mais próximo do 4x3x3, pudemos apresentar Carlos [Baleba], que protege muito bem a bola quando a tem. Já Jonas Martin era um jogador que todos os dias têm trabalhado para merecer a oportunidade que teve. Este foi um jogo de duelos, muito agressivo e intenso, e Jonas provou que mereceu jogar, como já fizera nos treinos durante a semana. Fico contente por ele», concluiu o treinador português.