Marítimo «É pior para mim, jogadores e clube se abordar as expulsões…»
O treinador do Marítimo, José Gomes, expulso pelo árbitro, Ricardo Baixinho, já após o final do jogo da tarde deste sábado, no Estádio António Coimbra da Mota, no Estoril, onde a equipa que orienta foi batida (1-3) pelo Estoril na 34.ª e última jornada da Liga, admitiu que a sua ausência do banco na primeira partida do ‘play-off’ da manutenção – bem como as de Fábio China (duplo ‘amarelo’) e René Santos (‘vermelho’ direto), que igualmente terão de cumprir um jogo de castigo – poderão pesar nos insulares conseguirem ou não ficar no principal escalão do futebol profissional nacional.
Questionado sobre se pior do que a derrota no encontro será a sua ausência, bem como a indisponibilidade de Fábio China e René Santos para o primeiro dos dois jogos com o Estrela (segunda mão a 11 de junho, no Funchal), José Gomes não escondeu que gostaria de ir bem mais além do que lhe mandou a prudência e bom senso na sala de imprensa do Estádio António Coimbra da Mota, após o final do jogo.
«Se começar a desenvolver esse tema, talvez seja pior para mim, para o clube e para os meus jogadores. Limito-me a dizer que concordo com a forma como analisou a situação», afirmou José Gomes no final do encontro, a propósito da ‘tripla’ ausência para o primeiro jogo do ‘play-off’, dia 3 de junho, na Reboleira, ante o Estrela da Amadora, no final do jogo no Estoril, em declarações à Sport TV.
«Os adeptos vêm ver os jogos e sofrem com o Marítimo, um clube extraordinário, que sempre respeitou e continuará a respeitar todos os adversários. Se, de alguma forma, as pessoas do Estoril interpretaram de forma errada as minhas declarações aí há mês e meio, e por essa razão não nos abriram o portão [de acesso ao estádio] quando chegámos, pois quando chegámos [ao estádio] este não estava aberto e nós não chegámos aqui de surpresa…», foi a revelação, à laia de lapso mesclada de acusação que lamentou e partilhou, já após o encontro, com os jornalistas.
«Viemos para o estádio com a antecedência normal, hora e meia antes do jogo. Não é preciso estar com estas atitudes que de alguma forma são primitivas e fora daquilo que desejamos», foi o reparo – este sim, bem explícito – que deixou ao Estoril pelo sucedido.
«Além do resultado não ser o que queríamos, antes a vitória, fizemos as coisas bem feitas… à exceção de três ou quatro lances em que estivemos menos bem», foram, no fim de tudo, as curtas linhas de José Gomes em análise ao encontro.