Destaques do Sporting: Gyokeres foi tudo, em todo lado, ao mesmo tempo
Avançado marcou dois golos de penálti, foi extremo e também o primeiro a defender
Gyokeres (8) - Os golos que isolaram o leão
Mais dois golos para o avançado sueco... e já são cinco na Liga. Mas mais do que o acerto nos remates nos dois penáltis, Gyokeres empurrou o Sporting para a vitória porque parece fazer tudo, estar em todo o lado e ao mesmo tempo. Foi extremo e a partir da ala ganhou o primeiro penálti; caiu na esquerda, na direita e conseguiu aparecer no centro para finalizar com perigo e nos momentos de maior sofrimento para os leões juntou a capacidade de fechar caminhos ao Farense, ao mesmo tempo que esteve sempre no sítio certo para serenar a equipa e dar-lhe capacidade para chegar ao terceiro golo e à vitória. O grande responsável pela liderança isolada dos leões.
Adán 6 — Foram tão perfeitos os remates de Mattheus Oliveira que o gurada-redes do Sporting pouco teria a fazer. Aos 81 minutos, quando os algarvios iam acreditando que poderiam até chegar à vitória, teve defesa importante.
Diomande 5 — Sem ter tido das melhores atuações, mostrou capacidade para sair a jogar e nos minutos finais foi travando as transições rápidas dos jogadores da casa. A partir do momento em que o Sporting ficou com mais um jogador em campo, procurou subir no terreno, mas desta vez sem grande sucesso.
Coates 5 — Como sempre faz, estava a ser o comandante da defesa quando sentiu dor e teve de ser substituído logo aos 11 minutos. Viu do banco um jogo que se tornou muito complicado para os leões.
Gonçalo Inácio 6 — Começou no lado esquerdo da defesa e com a lesão de Coates passou para o centro. Foi competente em missão defensiva e ainda procurou chegar ao golo, que não conseguiu porque o remate forte que fez (75’) teve boa resposta de Ricardo Velho.
Ricardo Esgaio 5 — É sempre aquele jogador de quem se diz que a qualquer momento pode perder o estatuto de titular, mas vai oferecendo segurança a cada encontro. Ontem começou muito bem, fez os dois primeiros remates do Sporting (2’ e 10’). Acabou por ser substuído por Geny Catamo (58’) pouco depois de o Farense ter chegado ao empate e a equipa precisava de ser mais agressiva nas transições ofensivas.
Hjulmand 4 — O Sporting entrou forte, cedo ganhou dois golos de vantagem e quando o jogo pedia tranquilidade, o médio teve algumas decisões menos felizes. Viu cartão amarelo aos 36 minutos e logo depois (42’) teve abordagem tão perigosa como desnecessária que lhe poderia ter valido a expulsão numa entrada sobre Fabrício Isidoro. Esteve para sair um pouco antes, mas já não voltou dos balneários para a segunda parte.
Morita 5 — O médio japonês do Sporting entende o jogo como poucos. Tem a capacidade de estar sempre no sítio certo e com isso tirar aos adversários a possibilidade de sairem para o ataque em trasições rápidas. Nos momentos em que o Sporting parece ter perdido capacidade para controlar o jogo foi ele a dar equilíbrio à equipa e a fazer com que os homens da frente se soltassem para voltarem a ficar na condição de vencedores.
Nuno Santos 7 — Esteve 83 minutos em campo e com rendimento altíssimo. Fez todo o corredor, subiu e desceu dezenas de vezes e além da condições física mostrou talento e capacidade de desequilibrar a competente defesa do Farense. Aos 24’ teve remate forte por cima; aos 25 minutos marcou o canto que deu o 2-0 e aos 50’ disparou forte para grande defesa de Ricardo Velho.
Edwards 7 — Na direita do tridente ofensivo do Sporting, teve, logo aos 24 minutos, remate forte e por cima, voltando a ter disparo que levou perigo à baliza do Farense aos 39 minutos. Perto da hora de jogo fez cruzamento para a cabeça de Paulinho que por pouco não deu golo e finalmente tornou-se decisivo ao ganhar o penálti que deu a vitória ao Sporting. Foi o acreditar do inglês que deu os três pontos.
Pedro Gonçalves 7 — É, provavelmente, dos melhores rematadores do futebol português. Nele parece fácil esta coisa de colocar a bola no fundo das redes, como se viu no segundo golo do Sporting: à entrada da área, remate cruzado, mais parecia um passe para a baliza. E teve mais algumas finalizações com perigo (6’, 59’ e 79’).
Matheus Reis 5 — Entrou logo aos 12 minutos e acabou por sentir algumas dificuldades nos melhores momentos do Farense.
Paulinho 5 — Entrou ao intervalo e no coração da área fez três remates de cabeça, os dois primeiros sem grande perigo (48’ e 57’) e o terceiro a permitir defesa fantástica a Ricardo Velho (69’).
Geny Catamo 4 — O drible nunca saiu. Exibição muito discreta. Entrou para dar mais acutilância ofensiva à equipa, mas as coisas não lhe sairam bem.
Daniel Bragança — Sem ter intervenção importante no lance decisivo, ajudou a equipa a chegar ao terceiro golo.