Destaques do SC Braga: Um jogador com H grande
Ricardo Horta deu frutos, D.R.

ALLIANZ CUP Destaques do SC Braga: Um jogador com H grande

NACIONAL27.01.202422:41

Ricardo Horta empatou o jogo com golo espetacular e assumiu com categoria a marcação do primeiro penálti do desempate

O melhor em campo: Ricardo Horta (7)

Ao minuto 20, rubricou o momento que valeu o preço do bilhete. Disparo de primeira, difícil, daqueles que levam invariavelmente a bola até à bancada. No seu caso, artista de exceção, levou a bola até ao fundo da baliza. Di María, na meia-final com o Estoril, em lance parecido, viu Dani Figueira desviar a bola para o poste, desta vez o guarda-redes do Estoril nem a viu. Ao minuto 64’, Horta fez um sacrifício pela equipa: Marqués já ia disparado para o meio campo bracarense e só mesmo agarrar-lhe a camisola poderia detê-lo. Valeu amarelo. Um último cartucho a poucos segundos do fim, a combinação foi boa, mas o disparo não, bola ao lado. Nos penáltis, foi o primeiro a marcar e foi competente.

Matheus (5) — O guarda-redes do SC Braga começou por ter vida descansadinha... não fosse um golo sofrido, de penálti, bem marcado por sinal, da autoria de Cassiano. Um cruzamento intercetado e pouco mais, foi o resumo de toda a primeira parte. Ao minuto 58, o que parecia uma bola fácil para lidar com o pé, a meio do seu meio campo, acabou por ser um tremendo susto. Adiantou a bola e teve de ir dividir o lance com Tiago Araújo, mas a sorte  esteve do seu lado, pois se o ressalto caísse para o lado do adversário não haveria ninguém na baliza bracarense. 

Víctor Gómez (5) — Deu conta do recado perante Tiago Araújo, mas não foi tão atrevido ofensivamente quanto decerto gostaria. O registo manteve-se até à substituição.

José Fonte (4) — Ao minuto 3, foi lento na abordagem à bola colocada nas suas costas e quando se preparava para a interceção acabou por derrubar Cassiano, que foi esperto e reagiu mais depressa que o central. Experiente, Fonte não deu de si, recompondo-se e terminando bem o primeiro tempo, com um bom passe longo para Djaló. Acabaria por sair quando tinha a situação controlada.

Paulo Oliveira (5) — Uma perda de bola em zona  perigosa, teve sorte, apenas rendeu canto ao Estoril. Primeira parte aparentemente tranquila, segunda talvez ainda mais fácil. Ao minuto 83 não conseguiu um corte limpo dentro da área e os estorilistas, sem razão, ainda pediram penálti. Ao minuto 90+1, subiu à área adversária e cabeceou, mas a bola fez um balão.

Borja (5) — Encarava Guitane e não pode dizer-se que se tenha saído mal, perante o virtuosismo do adversário. Deu nas vistas ao minuto 54, com um passe tortíssimo para o seu ataque, mas teve o mérito de manter o seu flanco quase sempre sob controlo.

João Moutinho (7) — Manteve o meio campo a funcionar no pior período do SCBraga, a etapa inicial, e permitiu que Zalazar se soltasse quando precisou. Aos 74’, sofreu falta de Mateus Fernandes e ficou a pedir o segundo amarelo para o médio estorilista, ao minuto 78 tentou o mesmo tipo de lance que rendeu o 1-1, mas Ricardo Horta é outro tipo de rematador. No que pode realmente dominar, foi competente.

Vítor Carvalho (5) — Dividiu bem o meio campo minhoto com João Moutinho. Não reentrou bem, no início da segunda parte deixou-se ultrapassar por Guitane, fez também um passe errado e pouco depois uma falta. Acabou por ser bem substituído.

Alvaro Djaló (6) — Foi sentindo a dureza dos adversários, primeiro de Tiago Araújo, depois de Mangala, a seguir de Wagner Pina, mas dessa forma conquistando livres para a sua equipa em zona perigosa. Não saiu muito satisfeito ao minuto 56 e na realidade com razão, pois não estava mal no jogo. E nos 10 minutos do segundo tempo em que esteve em campo desmarcou-se pelo menos duas vezes, mas não fugiu porque os companheiros não perceberam que estava em posição privilegiada.

Zalazar (6) — Apontou o pontapé de canto que deu origem ao magistral pontapé de Ricardo Horta, claramente lance trabalhado em ambiente de treino que saiu na perfeição. Tem cada vez mais influência na construção ofensiva dos minhotos e foi substituído quando não estava mal.

Abel Ruiz (7) — Ao minuto 12, o primeiro sinal de perigo, trabalhando bem no coração da área e disparando de pé esquerdo, bola à figura de Dani Figueira, ao minuto 84 ganhou no corpo a corpo dentro da área do Estoril e serviu bem Pizzi. Eficaz no penálti final.

Roger (4) — Entrou aos 56’, ao minuto 87’ entregou a bola a um adversário em pleno ataque, passe fácil de 5 metros. Não foi a opção mais adequada, face ao rendimento de Djaló.

Pizzi (6) — Entrou aos 67’, aos 84’ poderia ter colocado a equipa em vantagem, mas o remate saiu à figura. Assumiu marcação de pontapés de canto e marcou com categoria o seu penálti.

Al Musrati (5) — Entrou aos 67’, pouco depois já mostrava que não perdeu a pontaria para o passe. Nada mal para quem não jogava desde 12 de dezembro . Lento, mas seguro.

Mendes (-) — Entrou aos 76’ e pouco se deu por ele.

Serdar (4) — Entrou aos 76’ e ainda teve tempo para uma entrada dura digna de amarelo e um passe longo para fora.